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Brasil tenta ampliar exportações de carnes para a Ásia

O Brasil continua com sua estratégia de ampliar os mercados no exterior para as carnes, especialmente o asiático. Até o fim do ano, o governo espera ter autorização para exportar carne suína para o Japão e para a Coreia do Sul, em um negócio que pode chegar a US$ 850 milhões no primeiro ano. Nos últimos meses, outras autorizações já foram dadas. A Malásia comprará carne bovina e de peru e a China e a África do Sul, carne suína.

O Brasil registrou um superávit de US$ 14,4 bilhões no comércio de carnes com o exterior entre julho de 2010 e junho de 2011.

O Japão é o maior consumidor de carne suína do mundo e também um dos mercados mais fechados. O país importa anualmente cerca de US$ 4 bilhões de carne suína. Segundo o diretor do Departamento de Negociações Sanitárias e Fitossanitárias do Ministério da Agricultura, Otávio Cançado, o Brasil pode abocanhar US$ 700 milhões do mercado japonês no primeiro ano. As negociações são antigas. O acordo de exportação para o Japão está sendo costurado pelo governo brasileiro há 10 anos.

Entre os dias 28 de agosto a 5 de setembro, uma equipe de técnicos japoneses virá ao Brasil para visitar frigoríficos de carne suína. A vinda da missão é a última etapa necessária para o início dos embarques do produto brasileiro ao país asiático. Em relação à visita, Cançado afirma que a missão irá inspecionar frigoríficos em Santa Catarina e mais outro Estado, não definido. Além disso, a comitiva irá vistoriar fronteiras estaduais, aeroportos da região e laboratórios. Os técnicos japoneses farão visitas ao Laboratório Nacional Agropecuário do Pará (Lanagro/PA) e outros em Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

A negociação com a Coreia do Sul está chegando à sua última etapa. "Os coreanos pediram mais esclarecimentos sobre controle sanitário, mas o processo já está bem mais avançado que o do Japão", disse Cançado. O acordo pode render ao Brasil US$ 150 milhões apenas no primeiro ano.

O governo da Malásia autorizou as importações de carnes bovina e de peru do Brasil. Em um primeiro momento, serão dois frigoríficos habilitados a embarcar carne bovina e uma indústria apta a comercializar peru.

O setor privado não compartilha a mesma euforia do governo. A Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) informou que o Ministério da Agricultura não tem conseguido responder atodos os questionamentos da Coreia. "Caso o mesmo aconteça com o Japão nunca conseguiremos abrir aquele mercado", disse o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto.

A missão veterinária da Coreia visitou Santa Catarina em abril de 2010 e até hoje o ministério não conseguiu atender a todas as solicitações de informações dos coreanos, diz Camargo Neto. O momento, segundo o dirigente, é de se preparar para receber a missão veterinária na última semana de agosto. "Depois de quatro anos de intensa troca de informações, eles decidiram visitar in loco as condições sanitárias do rebanho suíno e frigoríficos de SC. Vamos recebê-los como merecem. Não vamos, porém, colocar o carro na frente dos bois".

Fonte: Valor Econômico -Tarso Veloso

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