Sistema FAEP

CEMF fortalece protagonismo em evento nacional de liderança feminina

Fórum promovido pela CNA destaca o papel das mulheres na transformação do sistema sindical rural

Com a missão de ampliar sua representatividade e trazer novas estratégias para a atuação sindical no Paraná, integrantes da Comissão Estadual de Mulheres da FAEP (CEMF) participaram, nos dias 7 e 8 de agosto, do 2º Fórum da Liderança Feminina Sindical Rural. Promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o evento ocorreu na sede da entidade, em Brasília, e reuniu representantes de todo o país.

O encontro foi um importante espaço de articulação nacional, conectando comissões estaduais de mulheres, federações, sindicatos rurais e outras instituições representativas do setor agropecuário em torno de um objetivo comum: fortalecer a presença feminina nos espaços de decisão e fomentar o protagonismo das mulheres no sindicalismo rural.

A presença paranaense no fórum é um reflexo do compromisso da CEMF com o fortalecimento da rede de lideranças femininas no Estado, além de representar uma oportunidade de trocar experiências e trazer contribuições à estrutura do Sistema FAEP.

A programação contemplou painéis sobre temas estratégicos, como geopolítica, economia, defesa institucional do agro e comunicação, além de oficinas práticas voltadas ao fortalecimento dos grupos estaduais de mulheres. A proposta é estimular a construção coletiva de propostas e ações aplicáveis ao sistema sindical, promovendo uma liderança mais diversa, representativa e preparada para os desafios.

Destaque paranaense

Durante o evento, Gayza de Paula Iácono, presidente do Sindicato Rural de Rolândia e coordenadora regional da CEMF, participou de um dos painéis, no qual compartilhou sua trajetória de reconstrução institucional à frente do sindicato e destacou o impacto transformador da comissão local de mulheres.

Gayxa, da comissão de mulheres
Gayza relatou sua experiência no Sindicato Rural de Rolândia

“Quando assumi o sindicato, há três anos, ele estava com o caixa defasado, as contas desorganizadas e sem credibilidade. Eu achava que não daria conta de tudo e recusei, num primeiro momento, a formação da comissão de mulheres. Mas quando montamos, foi um divisor de águas. Hoje temos representantes em todos os conselhos municipais e o sindicato se tornou referência. Se tivéssemos começado com a comissão desde o primeiro dia, os resultados teriam vindo ainda mais rápido”, relatou Gayza.

Com uma gestão marcada pela superação de desafios, ela também destacou a importância do apoio recebido. “O Sistema FAEP foi essencial para nos dar estrutura, conhecimento e força para transformar a realidade, por meio do Programa de Sustentabilidade Sindical. Hoje o sindicato é respeitado, e isso tem muito da força das mulheres”, completou.

Ela também reforçou a importância de mobilizar toda a família para dentro do sistema sindical. “Mais do que nunca, o sindicato rural é da família. Temos que envolver nossos maridos e filhos. Precisamos participar, ocupar espaços, defender o nosso legado”, apontou.

Novas lideranças

O fórum também marcou a integração de novas lideranças à CEMF. As coordenadoras Anaí Bacci Naves, de Assis Chateaubriand, e Luciane Eidam, de Ortigueira, participaram pela primeira vez do evento e destacaram a importância da união entre representantes de todo o Brasil em torno de um propósito coletivo.

Anaí, comissão de mulheres
Anaí participou do evento pela primeira vez

Na avaliação das coordenadoras, a experiência contribuiu diretamente para ampliar o entendimento sobre a atuação da CNA em nível nacional e o papel estratégico das comissões femininas dentro do sistema sindical rural. Para ambas, a vivência no fórum trouxe um novo fôlego para o trabalho de base, além de aprofundar a visão sobre o papel político e institucional que as comissões podem exercer.

Para Luciane, o evento representou uma oportunidade de amadurecimento como liderança, trazendo reflexões importantes sobre o papel da mulher no fortalecimento das instituições representativas do setor agropecuário, especialmente os sindicatos rurais. “Volto para casa diferente. Ainda mais forte, mais inspirada, com mais conhecimento e mais vontade de fazer a diferença. Ouvir histórias que nos inspiram faz a gente querer retornar para a casa com muita vontade de compartilhar, de mudar e de trazer pessoas para o sindicato”, afirmou.

Ela também destacou o acolhimento recebido na comissão estadual, ressaltando que esse ambiente de apoio e confiança é essencial para o fortalecimento do trabalho coletivo. Para a coordenadora de Ortigueira, esse vínculo entre as integrantes é o que sustenta o engajamento nas ações desenvolvidas, refletindo diretamente na valorização feminina dentro do sistema sindical, além de promover a união e a participação das famílias do campo nessas entidades.

Para Luciane, evento representou oportunidade de amadurecimento

Anaí ressaltou a importância da representatividade e da inspiração gerada pelo encontro com lideranças femininas de todas as regiões do país. “Estar na CNA, com mulheres de todo o Brasil, cada uma com sua história, sua força, sua inspiração, é uma experiência transformadora. Levo de volta uma bagagem cheia de aprendizado para poder inspirar outras mulheres no meu sindicato e na minha comunidade”, disse. Ela também se emocionou ao compartilhar como o convite para integrar a coordenação estadual representou o reconhecimento de sua trajetória, reforçando o papel das comissões como espaços de protagonismo feminino no sistema sindical.

As coordenadoras também enfatizaram a importância da escuta e do trabalho coletivo no exercício da liderança sindical rural. “Ser um líder é fazer a diferença onde você está e querer contribuir. É querer aprender com os demais que estão com você, porque sozinhos não fazemos nada. O líder é isso: reunir todos que fazem parte do sindicato, ouvindo os anseios deles e fazendo a diferença junto”, destacou Luciane. “Um líder precisa saber delegar e unir as pessoas. Eu procuro ouvir mais do que falar e dar um bom exemplo”, concluiu Anaí.

Bruna Fioroni

Jornalista com formação em UX Writing e UX Design. Tem experiência em produção de reportagens e roteiros, criação de conteúdo multimídia, desenvolvimento de estratégias de comunicação e planejamento de campanhas de marketing, com foco na experiência do usuário. Atualmente faz parte da equipe de Comunicação do Sistema FAEP.

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