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Compra e venda de bovinos na Bolsa de Valores

Contratos via corretoras permitem que pecuarista tenha maior previsibilidade do seu negócio

Durante o Show Pecuário, realizado em Cascavel no final de julho, o conselho de dois especialistas chamou a atenção de boa parte dos criadores que participavam do evento. Ao longo do painel Dia de Mercado, promovido pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Econômica Aplicada (Cepea), e Cesar de Castro Alves, da MBAgro consultoria, orientaram os presentes a “travarem” o preço da venda de bovinos de corte de modo a ter previsibilidade das receitas e, assim, planejar melhor a atividade.

O que eles se referiam quando mencionavam a possibilidade de “travar” os preços, era a venda de animais por meio de contratos futuros, de forma semelhante ao que ocorre com soja, milho, café e outras commodities agrícolas comercializadas em bolsa de valores. A estratégia é simples na concepção dos especialistas: ao invés de comercializar seus animais no mercado físico, recebendo o valor atual pela arroba naquele momento, o bovinocultor pode vender contratos no mercado futuro por um preço pré-estabelecido, que será pago no momento da entrega, independentemente das oscilações do mercado.

Estas operações favorecem tanto hedgers de venda (como pecuaristas, por exemplo), quanto hedgers de compra (como frigoríficos). No inglês a palavra “hedge” significa “cobertura” e também pode ser interpretada como “proteção contra possível perda financeira”. No jargão do mercado financeiro, as negociações de contratos futuros sempre envolvem hedgers de compra e de venda.

Leia detalhes de como funciona a operação aqui.

Carlos Filho

Jornalista do Sistema FAEP/SENAR-PR. Desde 2010 trabalha na cobertura do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial). Atualmente integra a equipe de Comunicação do Sistema FAEP/SENAR-PR na produção da revista Boletim Informativo, programas de rádio, vídeos, atualização das redes sociais e demais demandas do setor.

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