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Exportações de milho crescem 431,4% em julho

Dados do Ministério da Agricultura divulgados nesta terça-feira (14) mostram que as exportações de milho atingiram em julho US$ 419 milhões, uma alta de 431,4% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 79 milhões).

"A escassez externa provocou a elevação das exportações do milho, principalmente devido à queda de produção dos Estados Unidos. No entanto, o Ministério da Agricultura [Mapa] está atento no sentido de garantir o abastecimento deste importante insumo para a produção de aves e suínos, no Brasil", afirmou, em comunicado o ministro Mendes Ribeiro.
A estimativa de safra de milho deste ano dos Estados Unidos, o maior produtor global, foi reduzida neste mês para 10,779 bilhões de bushels, ante 12,97 bilhões de bushels na previsão de julho, de acordo com dados do governo norte-americano. A redução na previsão ocorreu após a principal região produtora dos EUA ter sido afetada pela pior seca em mais de meio século.

Apesar da disparada verificada em julho, no acumulado dos primeiros sete meses deste ano as exportações de milho cresceram apenas 15% e somaram 3,503 milhões de toneladas. A receita cresceu 17% e atingiu US$ 888 milhões.

Exportações do agronegócio
O total das exportações do agronegócio em julho foi de US$ 8,98 bilhões, valor 6% acima do verificado no mesmo mês do ano passado. Já o valor das importações de produtos do agronegócio teve queda de 14% no mês, totalizando US$ 1,22 bilhão. A elevação das exportações e queda das importações possibilitou um saldo comercial do agronegócio de US$ 7,76 bilhões em julho.

No acumulado dos sete primeiros meses deste ano as exportações do agronegócio somaram US$ 53,76 bilhões, valor 4,1% acima de igual período do ano passado. Nos últimos 12 meses, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 97,08 bilhões, valor 13,2% maior em relação ao período anterior.

Soja representa 35% das exportações
O complexo soja foi responsável por 35% do total das exportações do agronegócio brasileiro no mês de julho de 2012, sendo tal participação de 30,1% no mesmo mês de 2011. A soja em grão teve uma elevação de 10,5% em quantidade, passando de 3,74 milhões de toneladas para 4,13 milhões de toneladas, e 10,6% no preço médio (de US$ 492 por tonelada para US$ 545 por tonelada). As vendas de farelo de soja aumentaram 52,2%.

O segundo setor em vendas foi o sucroalcooleiro. No entanto, houve queda nas exportações do setor (-17,7%), que passaram de US$ 1,96 bilhão para US$ 1,61 bilhão. O principal recuo ocorreu nas vendas externas de açúcar, que passaram de US$ 1,79 bilhão para US$ 1,31 bilhão (-26,9%). O álcool, por sua vez, registrou substancial elevação nas vendas, passando de US$ 171 milhões para US$ 305 milhões (+78,6%). A quantidade embarcada de álcool teve aumento de 66,9% e o preço, de 7%.

A terceira posição do mês de julho nas vendas externas do agronegócio ficou com as carnes. A carne de frango continua na primeira posição, com ligeira elevação de embarque de 0,2%. Já a bovina aumentou 18,4%, enquanto a suína foi a que apresentou maior aumento na quantidade exportada (21,5%).
As vendas externas de produtos florestais também aumentaram, de US$ 763 milhões para US$ 768 milhões, assim como os cereais, que ficaram em US$ 493 milhões, que representa uma expansão de 207,1% em relação ao mês de julho de 2011. Este percentual foi obtido graças às vendas do milho no mercado internacional, que passaram de US$ 79 milhões para US$ 419 milhões no período.

Entre os 20 (vinte) principais países importadores dos produtos do agronegócio brasileiro no mês de julho de 2012, destaque para Córeia do Sul (+201,7%); Taiwan (+84,5%); Tailândia (+83,5%); Egito (+73,1%); Estados Unidos (+52,5%); e Espanha (+36,9%).

A China elevou as aquisições em 14,2%, mantendo sua expansão na participação das exportações brasileiras, que atingiram 23,9%. Os Estados Unidos aumentaram a participação de 5,9% para 8,5%.

Fonte: Brasil agro – Ribeirão Preto/SP – AGRONEGÓCIOS

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