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FAEP é contra importação de café

Resolução do governo federal permite importação de 1 milhão de sacas com tarifa de 2%

A Resolução n.º 15 da Câmara de Comércio Exterior (Camex), publicada no Diário Oficial da União em 21 de fevereiro, autorizou a importação de 1 milhão de sacas de café Conilon até 31 de maio de 2017, com Tarifa Externa Comum (TEC) de 2%. Além disso, a Instrução Normativa n.º 7, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), estabeleceu os requisitos fitossanitários para importação do produto do Vietnã.

As medidas seriam decorrentes da quebra de safra dos dois últimos anos do café Conilon no Espírito Santo e atende demanda da indústria processadora do fruto pela liberação das importações para manter suas vendas. A decisão enfrenta resistência do setor produtivo, que ao contrário dos levantamentos da Conab, defende que deve ser considero os estoques privados que mostram que há produto suficiente para atender a demanda da indústria até a colheita. O assunto segue em discussão e a importação pode ser suspensa, conforme as últimas declarações do presidente Michel Temer.

Em janeiro, a FAEP se posicionou contrária às importações de café. A entidade mantém este posicionamento e critica a medida, pois ela permite a importação de produtos de países que não possuem normas comparáveis ao Brasil quanto o mercado de trabalho e meio ambiente. A entidade ressalta  para o risco  da entrada de pragas, que ainda não existem no Brasil. Além disso, a medida prejudicará a rentabilidade da cultura.

De acordo com levantamento dos custos de produção calculados pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), comparado aos preços recebidos pelos produtores, os preços no Paraná não se elevam acima do custo operacional, ou batem no custo operacional desde 2007, início da série disponível na Conab, sem contar o custo total.

Essa relação também pode ser observada pela metodologia do Projeto Campo Futuro, desenvolvida pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em que o preço recebido pelo café no Paraná não cobre o custo operacional e o custo total pelo menos até agosto de 2016. Os preços atuais mostravam-se com uma expectativa de alguma recomposição, depois de anos de preço baixo, perdas e redução de área.

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