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FAEP E Ocepar pedem apoio à produção nacional de trigo

A Câmara de Comércio Exterior – Camex publicou na quarta-feira (10/04) a Resolução Nº 26 que amplia a quota de importação de trigo de 1 para 2 milhões de toneladas com Tarifa Externa Comum – TEC igual à zero com vigência até 31 de julho.

Entendendo que a política mais adequada seria de apoio à produção nacional reduzindo desta forma a dependência de importações de outros países e consequentemente reduzindo a evasão de divisas da economia brasileira, a FAEP e a Ocepar encaminharam ofício ao Mapa. "É inoportuna a importação de trigo de países não membros do MERCOSUL na ordem de 2 milhões de toneladas sem a incidência da TEC.

 Essa medida deverá depreciar o preço do trigo no segundo semestre de 2013 e desestimular os produtores a investir no cultivo nas próximas safras", afirma o documento assinado pelo presidente do Sistema Faep, Ágide Meneguette.

Na safra 2012, o Brasil foi destaque por cultivar uma das menores áreas dos últimos 30 anos, somente 1,9 milhão de hectares. Isso ocorreu pelos constantes desestímulos a produção nacional, dado pelo mercado e principalmente pela falta de uma política pública consistente de apoio a produção e comercialização do trigo.

O Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MIDC justificou a alteração devido a necessidade do produto por parte das indústrias diante do período de entressafra no Brasil e devido a redução da produção nos países do Mercosul, especialmente Argentina.

Esses 2 milhões de toneladas de trigo deverão ser importadas de países de fora do Mercosul com Tarifa Externa Comum zero, especialmente trigo do Hemisfério Norte o qual se somará às importações dos países do Mercosul. E mesmo com a política argentina de restringir as exportações de produto, a entrada do cereal estrangeiro poderá ser estocado pela indústria para consumo na época de comercialização da safra brasileira.

Isso já foi visto em 2008, ano em que igual medida foi utilizada com efeitos danosos ao setor produtivo. A indústria com frequência tem articulado a redução da TEC beneficiando-se do aumento das importações para formar estoque, o que resulta em pressão sobre os preços médios recebidos pelos produtores para o trigo nacional.

Em 2008, os produtores motivados por preços melhores aumentaram a área, obtendo produção 43% superior a safra anterior. A produção maior somada ao aumento de importações provenientes do hemisfério Norte causaram na época queda nos preços recebidos pelos produtores e falta de liquidez na comercialização da safra.

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