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Informe – SOJA, MILHO E TRIGO – 25/06/2015

Acompanhe a análise econômica das principais commodities agrícolas

Por: Tânia Moreira |Economista do Departamento Téc. e Econômico da FAEP.
SOJA TEM QUARTA-FEIRA DE VOLATILIDADE E FECHA EM LEVE BAIXA

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Os futuros de soja encerraram a quarta-feira em leve baixa, mas ainda com valores expressivos em relação às últimas semanas. As chuvas excessivas e a deterioração da condição das lavouras americanas, bem como o atraso no plantio em relação a média das últimas cinco safras, apresentato pelo USDA nesta semana, tem garantindo a volatilidade, deixando os investidores na incerteza sobre o real dano que pode ser causado às lavouras americanas. Mais chuvas ocorreram na parte central, passando por Illionois e Iwoa, na data de ontem, segundo o NOAA(USDA).

O mercado segue aguardando o relatório da próxima terça-feira(30) do USDA, que informará a nova estimativa da área de plantio nos Estados Unidos, demonstrando quanto do dano pode ser evidenciado. Se a área recorde, anteriormente relatada em 84,6 milhões de acres, for reajustada para menos, os futuros podem encontar novos dias de alta. No entanto, sites americanos tem ressaltado que mesmo após a divulgação do USDA, permanece a dúvida, com foco das atenções no clima.

Enquanto isso, os investidores vão aproveitando os dias de altas maiores, para realizar lucros, e as cotações, por consequência, apresentam oscilação e baixa, como ocorreu nesta quarta-feira. Os produtores americanos também aproveitam para vender o produto, adicionando pressão de baixa aos preços.

O site americano Ag Web informou ontem, que a consultoria internacional Allendale indicou que a área de soja para a safra 2015/16 deva atingir 85,105 milhões milhões de acres, o que é até acima da projeção do USDA.

O dólar mais forte na data de ontem também foi um fator para queda dos preços da oleaginosa. A moeda americana ganhou força com aversão ao risco, dado o receio de calote da Grécia, dado a queda do PIB americano de 0,2% que foi menor que a queda anterior de 0,7%, reforçando a impressão de que a recuperação da economia segue em andamento e que a taxa de juros pode subir ainda este ano. No Brasil o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central indicou uma piora na estimativa do PIB brasileiro, caindo de uma retração de 1,3% para 1,5% em 2015. Além de uma piora no quadro de inflação para 2015, subindo de 7,9% na estimativa de março para 9,1% na estimativa divulgada ontem, o que requer um aperto monetário maior.

O preço médio recebido pelo produtor paranaense na data de ontem foi de R$ 58,12 por saca, caindo 0,58% em relação ao dia anterior, segundo dados da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB).

Hoje o futuro de julho até às 09:44 operava em alta de ↑0,80% no valor de US$ 9,898 por bushel. O câmbio era cotado em R$ 3,0822 com queda de ↓0,54%.

 

MILHO FECHA EM BAIXA

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Como na soja, o milho também teve um dia de volatilidade e fechou em baixa, refletindo a incerteza sobre o clima neste momento. Nesta semana, o USDA informou que a condição das lavouras americanas deteriorou 2 pontos percentuais, sendo que em regiões como o Ohio a deterioração foi de 19% até o momento. Em Indiana foi relatado 15% a menos das lavouras de milho em condições de boas a excelentes.

Para o milho, a consultoria Allendale estimou uma área de 91,7 milhões de acres, o que é acima dos 89,2 milhões de acres estimados pelo USDA. Os mercado aguarda o relatório do USDA na próxima terça-feira (30).

No mercado interno, o preço médio recebido pelo produtor foi de R$ 19,71 por saca, com queda de 0,05% em relação ao dia anterior, segundo a SEAB. O preço se mantém abaixo do custo operacional de produção calculado pela Companhia Nacional do Abastecimento (Coanb) com referência no mês de janeiro para o Paraná, em R$ 20,36 por saca.

As previsões de clima indicam que pode haver mais chuvas até o final da semana em Illionois, Missouri, Indiana e Ohio, segundo segundo o NOAA(USDA).

Hoje o futuro de milho de julho até às 10:46 operava em alta de ↑0,79% no valor de US$ 3,688.

 
TRIGO TEM DIA DE BAIXA , APESAR DE TENSÃO COM O CLIMA

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No trigo, as baixas também foram registradas, e mais acentuadas, dado uma realização dos lucros, frente as fortes altas da semana e dado a uma previsão de tempo mais seco ao sul das Grandes Planícies, apesar de chuvas retornando à região norte, conforme indicou o NOAA (USDA).

No mercado interno o preço médio recebido pelo produtor na data de ontem foi cotado a R$ 33,75 por saca, com alta de 0,12% em relação ao dia anterior, segundo a SEAB. O preço atual não cobre nem mesmo o custo variável de produção, estimado pela Conab em R$ 37,40 por saca, para o Paraná, com base em levantamento no mês de janeiro.

Hoje o futuro de julho operava em alta de 0,57% até às 09:44 no valor de US$ 5,201 por bushel.

 

OUTRAS:

Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) paranaense atinge R$ 70,6 bilhões em 2014: segundo a SEAB o VBP do Paraná em 2014 atingiu R$ 70,6 bilhões crescendo 2% em relação ao ano anterior. Os produtos que mais contribuíram para este resultado foram a soja e o frango, com participações no valor total de 21,2% e 14%, respectivamente.

O faturamento com a produção de soja caiu 10% em relação ao ano passado, o que a SEAB atribuiu a estiagem no final de 2013 e início de 2014. Já o VBP de frango apresentou um crescimento de 8%.

Acesse as análises diárias da commodities no link: http://commodities.sistemafaep.org.br/

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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