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Paraná recebe simulado de combate à febre aftosa

Mais de 160 profissionais participaram de treinamento simulado para contenção de um foco de febre aftosa

O Paraná está prestes a conquistar o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, condição que permite alcançar mercados internacionais, hoje fechados para os produtos agropecuários. Para isso, é preciso estar preparado para qualquer emergência. Por conta disso, entre os dias 12 e 16 de agosto, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio de um convênio de cooperação técnica entre o Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) e Comitê Veterinário Permanente do Mercosul (CVP), realizaram um simulado conjunto de contenção e atenção a um foco de febre aftosa no Brasil.

O treinamento simula a situação real de surgimento de um foco da doença no Estado. O objetivo é capacitar os servidores estaduais e federais envolvidos no processo para que realizem os procedimentos de diagnóstico, colheita de amostras, investigação epidemiológica, rastreabilidade, sistema de informação e registro de investigações, medidas de biossegurança, procedimentos de contenção e erradicação.

“Nesta transição que estamos vivendo [para obtenção de novo status sanitário] é importante manter a equipe treinada. Então, o que estamos fazendo aqui é simular um foco de febre aftosa e todos os desdobramentos de uma ocorrência real da doença”, explica o gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves.

A simulação reuniu mais de 160 pessoas, entre funcionários da Adapar, servidores dos serviços veterinários de todos os Estados brasileiros, além de observadores do Chile, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Argentina, que vieram verificar como o Paraná se comporta caso seja detectado um foco da doença no Estado.

A área trabalhada no simulado envolveu mais de 400 propriedades rurais no município de São José dos Pinhais, na Região metropolitana de Curitiba, sendo que 90 delas receberam visitas das equipes envolvidas na simulação.

“Não temos ocorrência de febre aftosa no Paraná há mais de 13 anos. Muitos veterinários que estão na Adapar hoje sequer viram um foco de aftosa. Por isso a importância de manter uma equipe vigilante e sensível à detecção precoce da doença”, completa Gonçalves.

De acordo com o coordenador geral de planejamento e avaliação zoosanitária do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Ronaldo Carneiro Teixeira, “este simulado é uma oportunidade de praticar os procedimentos técnicos, de organização, trabalho em equipe, controle de informações, controle de materiais. Enfim, todo processo que envolve uma operação de gestão de emergência zoosanitária grave, como é a emergência de febre aftosa”.

Segundo Teixeira, a ocorrência de um foco da doença é considerado um “desastre”, devido ao impacto econômico brutal que este fato causaria a um país com grande participação no mercado global de proteína animal, como é o Brasil. “Quando se configura um desastre, a declaração de emergência do Mapa possibilita que seja solicitado o apoio de instituições que trabalham nestes eventos de desastre, como a defesa civil, polícia militar, polícia rodoviária, por exemplo, além do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa), que é responsável pela condução do programa neste hemisfério”, afirmou.

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Felippe Aníbal

Jornalista profissional desde 2005, atuando com maior ênfase em reportagem para as mais diversas mídias. Desde 2018, integra a equipe de comunicação do Sistema FAEP, onde contribui com a produção do Boletim Informativo, peças de rádio, vídeo e o produtos para redes sociais, entre outros.

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