Sistema FAEP

Serighelli: “Paz no campo”

     A completa ausência de informações sobre assentamentos e invasões, mais uma herança do governo passado, obrigou ao assessor especial para Assunto Fundiários, Hamilton Serighelli, a realizar uma verdadeira maratona em vários órgãos, buscando dados e opiniões. Esteve com lideranças do MST, de outros movimentos sociais, da Igreja, do INCRA, e na quarta feira passada, a pedido do governador Beto Richa, reuniu-se na FAEP. "Só assim será possível ter um quadro real do que ocorre no Estado, nesta área", disse ele.

Ronei Volpi, superintendente do SENAR-PR, apresentou o Programa Agrinho, braço de promoção social e de educação do Sistema FAEP, que no ano passado completou 15 anos de atuação em todos os municípios paranaenses. Da mesma forma.  Volpi demonstrou a atuação do SENAR-PR junto aos assentamentos, onde, entre 2001 e 2010, foram desenvolvidas 986 ações. Esse conjunto englobando cursos de formação,  capacitação e atividades de promoção social atingiu diretamente 12.139 trabalhadores assentados. Atualmente o Paraná tem 319 assentamentos, 273 dos quais o SENAR-PR já atuou, e 17 cooperativas em funcionamento.

O coordenador da Comissão Estadual de Política Fundiária da FAEP, Tarcisio Barbosa de Souza, participou do encontro das experiências difíceis que os produtores enfrentaram durante o governo Requião. "Temos atualmente 78 área invadidas e destas 64 ocorrem durante a gestão de Requião, a grande maioria com mandado de reintegração de posse da área. O que faltou foi  vontade política de cumprir a lei. Acreditamos que o novo governo vai fazer o seu papel de cumprir a Constituição Federal", afirmou.

Tarcísio citou o exemplo de um produtor que teve sua propriedade invadida em 2004 e já ganhou em todas as instâncias a reintegração de posse, mas que até agora não foi cumprida. Serighelli adiantou que pretende trabalhar junto com o Sistema FAEP "e rever estes casos, porque o Governo do Estado não aceita invasões e deseja paz no campo". O presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette, que a entidade defende o produtor dentro da legalidade e é este mesmo produtor que ajuda no processo de emancipação dos assentamentos rurais. "São os produtores rurais que, através do pagamento da contribuição sindical, mantém o SENAR-PR. E é o SENAR-PR que está profissionalizando e qualificando estes trabalhadores, ajudando-os a se desenvolverem, gerarem renda e se tornarem produtivos", finalizou.  

 FOnte: ACS/FAEP

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