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Técnica inovadora de mapeamento eleva qualidade da madeira produzida no Brasil

A ferramenta garante competitividade dos produtos florestais e poderá ser utilizada na diminuição dos custos de produção

Produtores de eucalipto que buscam melhorar a qualidade na madeira produzida já podem contar com uma nova técnica de mapeamento de florestas. A tecnologia, pioneira no Brasil, é uma ferramenta que analisa de forma simultânea o perfil dos genes ativos presentes na celulose, fator determinante da matéria-prima e a base molecular, com características do DNA da árvore. A novidade será apresentada no Seminário Biomassa e madeira nobre: Novas Oportunidades de Negócios, evento do Programa Mais Floresta, que acontecerá nesta quinta e sexta-feira, dias 13 e 14 de novembro, no auditório do Sistema Famasul.

De acordo com a doutora em genética biomolecular pela Unicamp/SP Universidade de Campinas, Marcela Salazar, a técnica de mapeamento foi trazida dos Estados Unidos e está em fase de implantação no Brasil. A ferramenta garante competitividade dos produtos florestais e poderá ser utilizada na diminuição dos custos de produção, já que avalia o tipo de espécie e as possíveis alterações genéticas. O mapeamento pretende entender a qualidade da madeira, por isso, investir em pesquisas e utilizar a tecnologia para a análise da matéria-prima torna o produtor de eucalipto competitivo, explica Marcela que ministrará palestra sobre o tema.

O mapeamento consiste em retirar uma pequena amostra a partir de uma raspagem do caule que é analisada sistematicamente em centros de pesquisas ou laboratórios do país. Para obter o resultado, três fatores são levados em consideração, o ambiental clima, solo e produtividade, o genético e a arquitetura celular. A implantação do novo método tem um custo médio de R$ 150 mil reais. São mais de 700 espécies diferentes de eucaliptos. Conhecer as características genéticas da madeira é garantia de ganhos, já que o investimento é razoavelmente baixo, conclui.

A cultura do eucalipto tem ganhado espaço em Mato Grosso do Sul, principalmente pelo baixo custo de produção e também pelo solo fértil e temperaturas amenas, fatores que privilegiam a região no quesito qualidade final do produto. De acordo com o SIGA – Sistema de Inf. Geográficas do Agronegócio, desenvolvido pela Aprosoja/MS Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul, o Estado possui 760 mil hectares de área plantada com eucalipto.

Mais Floresta O seminário Biomassa e madeira nobre: novas oportunidades de negócios faz parte do programa Mais Floresta, desenvolvido pelo SENAR/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. O evento apresentará perspectivas e oportunidades da cadeia produtiva da madeira com a união de espécies de ciclo curto, médio e longo para produtores rurais, empresários, investidores, profissionais liberais e técnicos, além de outros segmentos da sociedade. O objetivo é consolidar o potencial regional para atividades ligadas à silvicultura no Mato Grosso do Sul.

O primeiro dia do evento (13) consistirá num ciclo de palestras realizado na sede da Famasul. A segunda etapa do evento (14) é um dia de campo, com apresentação de máquinas, equipamentos e produtos para o plantio de eucalipto e mogno e processos de plantio, na sede da Embrapa Gado de Corte. Para mais informações, acesse: http://senarms.org.br/projetos/mais-floresta/

Fonte: Canal do Produtor – 13/11/2014

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