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Tendências climáticas

As precipitações ocorridas em janeiro, apresentaram dois padrões diferentes no Paraná, as áreas mais a leste foram mais beneficiadas com volumes maiores de precipitação, enquanto nas áreas mais a oeste as chuvas ainda continuaram muito abaixo do normal para a época do ano. O regime de chuvas no Estado, continua  seguindo o mesmo padrão dos últimos meses, com uma distribuição muito irregular e volumes abaixo da média em todo o Estado.

As áreas mais afetadas pela estiagem concentram-se no Sudoeste, Oeste e parte do Norte do Estado, onde a disponibilidade hídrica do solo continua, a exemplo de dezembro, muito baixa, comprometendo o desenvolvimento e a produtividade das lavouras nestas regiões. Já nas áreas mais central e leste, de Guarapuava, Campos Gerais em direção ao litoral, a situação é bem melhor, as chuvas nestas áreas, apesar de ainda estarem abaixo da média, foram melhor distribuídas e com volumes maiores comparados  com o restante do Estado e consequentemente, as lavouras tem apresentado um melhor desenvolvimento.

As temperaturas continuam com o mesmo padrão dos últimos meses, apesar de estarem dentro da média para janeiro, observamos que os extremos continuam se acentuando, ondas de calor seguidas de quedas bruscas de temperatura.

As observações de temperatura das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, continuam mostrando que o resfriamento daquelas águas persistiram ao longo de janeiro, principalmente no Ocenao Pacífico Oeste e costa do Peru, com anomalias negativas  variando entre -01° e -03°C. Este padrão indica a continuidade do fenômeno climático "LA Nina", porém, já se observa uma pequena diminuição na sua intensidade.

Os prognósticos dos modelos climáticos globais, continuam com a tendência de continuidade do "La Nina", pelo menos até maio deste ano, com uma diminuição gradual de sua intensidade ao longo dos próximos meses.

Mesmo diminuido sua intensidade, o "La Nina" ainda continuará influenciando o  clima nos próximos meses. Para o Paraná e centro-sul do Brasil e da América do Sul, as precipitações devem continuar com este padrão de distribuição muito irregular e com volumes abaixo da média para a época do ano, porém, os próximos meses não devem apresentar períodos tão longos de estiagem, como os observados nos últimos meses. A tendência é que o intervalo entre uma chuva e outra, devei diminuir gradativamente. Como observado em janeiro, os volumes maiores de precipitação devem se concentrar mais ao leste do sul do Brasil, nas áreas mais a oeste as chuvas devem continuar muito irregulares e com volumes menores. Continuamos  ressaltando, que a ocorrência de granizo neste ano é maior que em anos normais.

As temperaturas não mudam muito do padrão observado nos últimos meses, apesar de apresentarem valores próximos à média, os extremos devem continuar se acentuando, ondas de calor intercaladas com a entrada de massas de ar frio, que devem causar quedas bruscas de temperatura. O início de fevereiro deve ser marcado por uma onda longa de calor, principalmente as temperaturas mínimas devem apresentar valores muito altos para a época do ano, ou seja, teremos noites muito quentes neste início de fevereiro.

Luiz Renato Lazinski
Meteorologista
INMET/Mapa

DETI

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