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Vendas de fertilizantes voltaram a cair em fevereiro

A maior parte da demanda doméstica total continua a ser atendida por importações

As entregas das misturadoras de fertilizantes às revendas espalhadas pelo país somaram 1,852 milhão de toneladas em fevereiro, segundo dados divulgados ontem pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Em relação ao mesmo mês de 2014, houve queda de 9,5%. Com isso, no primeiro bimestre o volume alcançou 3,863 milhões de toneladas, 8,5% menos que em igual intervalo do ano passado.

Como de costume, O Estado do Mato Grosso liderou as vendas, com um total de 792 mil toneladas em janeiro e fevereiro destinado principalmente às lavouras de milho safrinha, uma vez que a soja plantada no verão está sendo colhida. Em seguida aparecem Goiás (533 mil toneladas), Paraná (513 mil), Minas Gerais (501 mil) e São Paulo (453 mil toneladas).

A maior parte da demanda doméstica total continua a ser atendida por importações. Mas essas compras também recuaram. Em fevereiro, atingiram 1,123 milhão de toneladas, 23,2% menos que no mesmo mês do ano passado, e no acumulado do primeiro bimestre alcançaram 2,604, uma retração de 14,7% na comparação com os dois primeiros meses de 2014.

Parte dessa queda pode ser explicada pelo incremento dos estoques nacionais, mas outra parte está relacionada à valorização do dólar, que abriu espaço para um crescimento da produção nacional. No país, a produção cresceu 22,6% em fevereiro, para 708,7 mil toneladas, e no primeiro bimestre a alta foi de 25%, para 1,519 milhão de toneladas.

Conforme comunicado da Anda, a produção nacional de fertilizantes nitrogenados registrou aumento de 36,5% no bimestre, a de fosfatados subiu 17% e a de derivados do potássio, 0,4%.

No lado das exportações, que continuam incipientes, também houve queda – de 22,7% em fevereiro e de 14,2% no primeiro bimestre, de acordo com a entidade.

Fonte: Valor Econômico

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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