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Visita técnica à Europa

O terceiro grupo de produtores rurais que está visitando a Europa em uma viagem técnica esteve na última sexta-feira (10) no Centro de Pesquisas Aplicadas a Agricultura, Wageningen UR, na cidade de Lelysdtad, próxima a capital holandesa Amsterdam.

Este centro concentra toda a pesquisa do setor. Os estudos estão divididos em cinco grupos: Produção Vegetal, Ciência Animal, Agrotecnologia e Alimentação, Meio ambiente e Economia Agrária.     

O local visitado pelos paranaenses concentra suas pesquisas no grupo Ciência Animal. Os principais objetivos são, além da pesquisa, promover a gestão da propriedade de forma ampla e planejada pelos agricultores e divulgar os resultados para a comunidade em geral.

Confinamento

A unidade mantém em confinamento 500 cabeças de gado bovino, que produzem 4,5 milhões de litros ano. A ordenha é feita em cinco módulos computadorizados e um tradicional ou mecanizado.

Os galpões onde as vacas ficam confinadas são muito semelhantes as estufas de legumes visitadas no dia anterior pelos produtores rurais brasileiros. As pesquisas não se limitam a sanidade e produtividade, mas também ao bem estar animal.

Neste sentido os pesquisadores buscam uma cobertura para o chão para que as vacas não escorreguem e ao mesmo tempo a estrutura contribua para a diminuição da emissão de amônia. Atualmente quatro tipos diferentes de pisos emborrachados estão sendo avaliados.

Para o produtor de leite Carlos Bruno Malinski, de São Jorge do Oeste, a principal diferença é a tecnologia e o maquinário. "Os equipamentos de ordenha e estruturação do trabalho nós não temos. Mas em relação a produção estamos chegando lá."

Sergio Augusto Spinardi , produtor da região de Carambeí também concorda. "Nossa região tem altos índices de produção leiteira, O grande diferencial são os equipamentos. Outro item que vale ressaltar é o tipo de ração que eles usam é mais seca do que a nossa", finalizou.

IAP

O presidente do Instituto ambiental do Paraná, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, acompanha o grupo. Nesta visita ele analisou o descarte de dejetos dos animais em confinamento. "Com base nas informações que recebi e na observação, o descarte não obedece às exigências ambientais paranaenses. No Paraná são exigidas análises dos resíduos e do solo. Assim podemos evitar a impermeabilização do solo e até a poluição de um lençol freático. Confesso que achei estranha a forma de descarte inclusive porque também não obedece o limite de 10 metros das margens dos rios".     

 

For Farms

Os produtores também visitaram a empresa For Farms de ração animal. Criada com base no associativismo praticado pelos agricultores da região, produz atualmente três mil tipos diferentes de ração.

Para atender as exigências dos clientes a empresas importa cerca de 50 itens de vários países inclusive do Brasil. Além do milho a For Farms prefere o farelo de soja brasileiro por ter um alto teor de proteína.

Na propriedade da família Jois, a missão conseguiu conhecer um pouco mais sobre a vida do produtor rural holandês.

Com 260 hectares em uma região extremamente plana os proprietários cultivam trigo, batata e beterraba de açúcar. O tamanho da propriedade é uma exceção na região que tem em media fazendas com 80 hectares.

Para o produtor rural Valdir Manfron de Renascença o que mais impressionou além da geografia da propriedade é a legislação ambiental. "Na conversa com o proprietário ele nos informou que não há reserva legal na sua propriedade. Ele planta de fora a fora toda a sua área, um retângulo verde perfeito", analisou.

 

 

DETI

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