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Informe – SOJA, MILHO E TRIGO – 15/10/2015

Acompanhe a análise econômica da FAEP sobre a movimentações das commodities

Por: Tânia Moreira |Economista do Departamento Téc. e Econômico da FAEP.

SOJA opera negativo com avanço da colheita americana

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Os futuros da soja fecharam a quarta-feira em queda e abriram o dia operando perto da estabilidade. Na semana, os contratos voltaram ao patamar de US$ 9,00 por bushel após o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduzir a estimativa da produção americana, mais que o esperado, para 105,81 milhões de toneladas, e após dados de exportadores privados americanos com exportação de soja para a China.

Ontem, a variação negativa dos futuros foi a resposta do mercado frente ao avanço da colheita americana. O USDA relatou percentual colhido de 62% em relação aos 42% da semana anterior e 54% do mesmo período do ano anterior. Sites americanos destacaram também, que com o patamar de US$ 9,00, os produtores aproveitaram para comercializar o produto, pressionando as cotações.

O câmbio recuou, aproveitando a tranquilidade no exterior após a divulgação de que as vendas do varejo nos Estados Unidos subiram menos do que era esperado pelo mercado, fortalecendo a percepção de que a alta de juros não deve ocorrer em 2015. E isso, acalmou o câmbio, apesar da deterioração da economia brasileira. Ontem, as vendas do comércio varejista no Brasil foram relatadas com novo recuo (-6,9%), segundo o IBGE.

As preocupações sobre as condições climáticas no Brasil, começam a ganhar força no mercado. No Paraná, o percentual de plantio da safra é de 36% segundo a Secretaria da Agricultura e do Abastecimeto (SEAB). No Mato Grosso, o percentual de plantio é de 6,08% segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada(IMEA). O percentual de plantio no Brasil é estimado em 5,2% segundo a consultoria Safras e Mercado.

O percentual de comercialização da safra brasileira é de 38%, 32% no Paraná, 40% no Mato Grosso, 50% em Goiás, 44% em Minas Gerais. A estimativa de produção na safra 2015/16 é de 100,5 milhões de toneladas, com aumento de 5,3% em relação a safra passada, segundo a Safras e Mercado.

Hoje até às 10:30 o futuro de novembro-15 perdia ↓0,02% cotado a ↓US$ 9,10 por bushel. O futuro de maio-16 era cotado a ↓US$ 9,20 por bushel. O câmbio era cotado a ↑R$ 3,8210 com alta de ↑0,009%.

 

MILHO segue negativo, como na soja

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Os futuros de milho também recuaram com o avanço da colheita ameriacana com percentual de 42% colhido em relação aos 27% da semana anterior, sob perspectiva climática seca, favorável para a continuidade do trabalho.

No mercado interno, o preço médio mensal recebido pelo produtor em setembro fechou em R$ 23,04 por saca, segundo a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB). O percentual de plantio no
Estado para o milho verão é de 76% e de 34,2% no Brasil, segundo a Safras e Mercado.

Na data de hoje até às 10:30 o futuro de dezembro-2015 perdia ↓0,26% cotado a ↓US$ 3,77 por bushel. O futuro de maio-2016 era cotado a ↓US$ 3,94 por bushel.

 

TRIGO segue em baixa com amplos estoques americanos e mundiais

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Os preços do trigo recuaram sob a perspectiva de amplos estoques americanos e amplos estoques mundiais, além do rápido avanço do trigo de inverno nos Estados Unidos.

No mercado interno, o percentual colhido no Paraná é de 73%, com perdas relatadas nas lavouras gaúchas, em função das chuvas, e redução da estimativa de produção na Argentina.

 

Acesse as análises diárias da commodities no link: http://commodities.sistemafaep.org.br/

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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