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Informe – SOJA E MILHO – 21/10/2015

Acompanhe a análise econômica da FAEP sobre a movimentações das commodities

Por: Tânia Moreira |Economista do Departamento Téc. e Econômico da FAEP.

SOJA se recupera com movimento de exportação

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Após cinco sessões de baixa, os futuros da soja passaram por recuperação, sutentados por dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de exportações de 132 mil toneladas de exportadores privados americanos para a China. A colheita americana segue avançada (77%) e o clima no Brasil continua a ser um fator de atenção, sob perspectiva de produção de 100,0 milhões de toneladas, como segundo maior produtor mundial.

Fatores macroeconômicos como o crescimento chinês de 6,9% do terceiro trismestre, acima das expectativas de mercado, apesar da especulação sobre a veracidade dos dados, a alta de juros no Estados Unidos e o entendimento político no Brasil, refletido no ajuste fiscal permanecem importantes na formação do preço da oleaginosa e na taxa de câmbio. Ontem o câmbio ganhou 0,67% com as incertezas sobre a permanência de Joaquim Levy à frente do Ministério da Fazenda. Hoje, abriu em alta cotado a ↑R$ 3,924 com expectativas de revisão pela terceira vez, da meta de superávit primário, com comentários sobre a necessidade de flexibilização da meta.

No mercado interno, o preço médio recebido pelo produtor paranaense foi cotado ontem a R$ 70,72 por saca segundo a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), com negócios pontuais conforme informações da consultoria Safras e Mercado, que estima um percentual de comercialização da nova safra no Estado em 32% até o início do mês, em relação a média de 18% referente aos últimos cinco anos.

O contrato de novembro-2015 abria a manhã em alta, e até as 10:40 era cotado a ↑US$ 8,99 por bushel ganhando ↑0,33%, com o futuro de maio-2016 cotado a ↑US$ 9,10 por bushel.

 

MILHO em dia positivo

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O dólar mais fraco em relação a uma cesta de moedas, mas não em relação ao real, com expectativas de que a taxa de juros americana passe a ter aumento gradual apenas no ano que vem, ajudou a sustentar os preços do milho, fornecendo competividade. O produto americano vem sofrendo com a concorrência no mercado externo, e segundo sites americanos, o ritmo de exportação é 32% inferior ao ritmo do ano passado. O clima para a safra de verão no Brasil segue em observação com pequenos atrasos no plantio em Mato Grosso.

No mercado interno paranaense, o preço médio recebido pelo produtor foi cotado ontem a R$ 24,18 por saca, segundo a SEAB, com percentual de plantio de 82% no Estado.

Na data de hoje o futuro de milho perdia ↓0,03% até às 10:40 com o contrato de novembro-2015 cotado a ↓US$ 3,76 por bushel e o contrato de maio-2016 a ↓US$ 3,92 por bushel.

Acesse as análises diárias da commodities no link: http://commodities.sistemafaep.org.br/

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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