Neste dia 1º de maio começa mais um período para a vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa. Nesta etapa devem ser vacinados os animais com idade até 24 meses, e em novembro, num segundo momento, todo o rebanho. Esta campanha pode estar entre as últimas de vacinação obrigatória, uma vez que o Estado reivindica o status de território livre de febre aftosa sem vacinação. Este é um pleito antigo encampado pelo setor produtivo paranaense, representado pela FAEP, Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná (Fetaep) e apoiado por outras centenas de entidades.
Mais especificamente, o Estado pleiteia a antecipação do seu reconhecimento como zona livre da doença sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (PNEFA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), coloca o Paraná em um bloco com outras 11 unidades da federação (Bahia, Espírito Santo,
Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe, Tocantins São Paulo e o Distrito Federal), que se tornariam livres da doença sem vacinação apenas em 2023.
Porém, este é um horizonte muito distante da vontade dos pecuaristas e da capacidade do Paraná de estruturar sua defesa sanitária animal. Desta forma, a proposta paranaense é tornar-se uma zona independente neste processo, sem precisar esperar a estruturação de outros Estados, para retirar a vacinação obrigatória já em 2020. “No melhor cenário teríamos a campanha [de vacinação] de maio de 2018, novembro deste ano e a última seria em maio de 2019. Então até setembro daquele ano o Ministério da Agricultura apresenta essa solicitação à OIE, que irá decidir se reconhece nosso status de área livre de aftosa sem vacinação”, explica o diretor executivo do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Estado do Paraná (Fundepec), Ronei Volpi.
Segundo ele, o Paraná está bem estruturado para receber a chancela da Organização Mundial. “Hoje não há Estado brasileiro em melhores condições de entrosamento dos setores público e privado para alcançar essa meta, que é perseguida pelo menos há 40 anos, quando iniciamos a campanha de erradicação da febre aftosa”, garante Volpi.
Leia mais sobre a campanha e o trabalho para o fim da vacinação no Paraná aqui.
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