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Agricultura salva trimestre

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, abaixo do esperado pela maioria dos economistas, só não foi pior graças ao setor agrícola. Na comparação com os primeiros três meses do ano – quando havia recuado 5,9% -, avançou 4,9%. Em relação ao mesmo período de 2011, a alta foi de 1,7%, conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ontem.

"A Agricultura salvou o PIB do segundo trimestre", atestou o economista e presidente em exercício da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. A economia brasileira se expandiu apenas 0,4%, abaixo das expectativas do mercado. "O Brasil continua sendo um país basicamente agrícola. Enquanto a China, nosso maior destino de commodities, continuar demandando alimentos daqui, a economia brasileira continuará se expandindo", afirmou.

Para a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, "esse resultado sinaliza a recuperação do setor agropecuário neste segundo trimestre". Ela destacou que os produtores estão se preparando para plantar uma safra recorde, que deverá contribuir para o crescimento da economia em 2013.

De acordo com dados da CNA, o desempenho do setor entre abril e junho correspondeu ao pico de produção da safra 2011/2012, que está no fim da colheita. No caso do milho, houve uma grande surpresa. A safra normal chegou a 34,7 milhões de toneladas e a safrinha, colhida a partir de junho, superou esse volume e totalizou 38 milhões de toneladas, volume 72% superior às 22 milhões de toneladas computadas em 2011. A produção de café bateu recorde. Os dois produtos e o algodão foram os destaques do setor agrícola, segundo o IBGE.

As exportações brasileiras tiveram o pior resultado desde o primeiro trimestre de 2009, auge da crise financeira global, e despencaram 2,5%. A queda nos preços das commodities, principalmente das minerais, foi a responsável por essa retração da balança. Castro, da AEB, destacou que o açúcar e o café estão com queda nos preços de 15% e 20%, respectivamente. O minério de ferro tem desvalorização média de 30%. Já as importações cresceram 1,6%, com destaque para produtos siderúrgicos, gasolina, plásticos, farmacêuticos e perfumaria. "Nesse ritmo, será difícil para o país alcançar um superavit maior do que US$ 8 bilhões na balança comercial", pontuou.(RH) » Produção em alta A safra de grãos 2011/2012 está estimada em 165,92 milhões de toneladas, volume 1,9% superior à anterior, de 2010/2011, conforme dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Somando as duas safras de milho, o crescimento da produção de milho foi de 26,8% sobre as 57,4 milhões de toneladas do ano passado. O café apresentou avanço de 16% na produção, de 43,4 milhões de sacas para 50,4 milhões de sacas.

Fonte: Correio Braziliense
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