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AL autoriza hidrelétrica do Baixo Iguaçu

Os deputados estaduais querem mediar a desapropriação dos terrenos que serão alagados na construção da Usina Baixo Iguaçu. Ontem, os parlamentares aprovaram em votação relâmpago a obra, após transformar o plenário em comissão geral e votar a medida em primeiro e segundo turnos, com dispensa da redação final. O líder do governo na Assembleia Legislativa (AL), Ademar Traiano (PSDB), coordenou a manobra a pedido de Beto Richa (PSDB).

Quinze dias atrás, o governador almoçou com os políticos e pediu urgência na votação desse projeto. A Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica) negocia com o grupo Neoenergia sua entrada no negócio, orçado inicialmente em R$ 1,6 bilhão. A empresa quer 30% da Usina Baixo Iguaçu, cujos investimentos para construção até agora seriam divididos entre a Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil), o grupo espanhol Iberdrola e o Banco do Brasil Investimentos.

A autorização dos deputados à realização da obra é uma das etapas burocráticas que faltavam ser cumpridas para o início da construção. O empreendimento já tem a licença prévia, mas precisa dos outros laudos ambientais para sair do papel. Quando terminada, Baixo Iguaçu vai gerar 350 MW de energia elétrica (suficiente para atender até 2 milhões de pessoas). Para isso, a área alagada vai desalojar 359 famílias (189 em Capitão Leonidas Marques, 92 em Capanema, 56 em Realeza, 14 em Planalto e oito em Nova Prata do Iguaçu).

Na véspera da votação, representantes da Associação dos Atingidos da Usina Hidrelétrica do Baixo Iguaçu (Adahabi) estiveram na AL e pediram o apoio dos deputados para negociar o valor da indenização que será paga pelos alqueires alagados. Valdir Rossoni (PSDB), presidente da AL, concordou com a ideia. Nelson Luersen (PDT), Caíto Quintana (PMDB), Professor Lemos (PT), Nereu Moura (PMDB) e Traiano devem compor essa comissão, pois já demonstraram interesse e têm base política na região.

Os membros da Adahabi (criada em 2004) alegam que o preço do alqueire na região beira R$ 150 mil, enquanto a Neoenergia estaria prometendo valores mais baixos, por volta de R$ 66 mil. ”A questão tem interesse social. Meu pai foi indenizado quando construíram Foz da Areia, mas era época de ditadura militar e não tinha como contestar a indenização irrisória. O valor não deu para comprar outra área”, disse Rossoni, ao confirmar a formação desse grupo para mediar as indenizações. Além de Baixo Iguaçu, outras três hidrelétricas de pequeno porte também foram autorizadas. Todas seguem para sanção do governador.

Sandro Nascimento/Alep

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