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Alimento orgânico ganha terreno e fica mais barato

Os alimentos livres de agrotóxicos ganham terreno no Paraná e, com o aumento na produção, tornam-se mais competitivos frente aos produtos convencionais. Os preços dos orgânicos, que até pouco tempo atrás eram o principal entrave para o desenvolvimento da atividade, são iguais ou até mais baratos se consideradas as cotações praticadas nas feiras livres.
Além das hortaliças, frutas como maçã, banana, manga e caqui destacam-se nesse mercado. "Durante a época de colheita desses produtos, o preço praticado nas feiras orgânicas está competindo lado a lado com o da feira convencional", aponta Ivo Melão, presidente da Associação dos Consumidores de Orgânicos (Acopa). Nos supermercados, os orgânicos continuam mais caros: custam cerca de 30% a mais que os convencionais.

No caso de hortaliças como alface, por exemplo, um dos itens que mais ganha escala na produção orgânica, principalmente na região que cerca Curitiba, o preço do convencional chega a ser R$ 0,30 mais caro do que o do orgânico, conforme levantamento do Instituto Emater e da Secretaria de Estado da Agricultura (Seab). Uma cabeça de alface livre de agrotóxico vale, em média, R$ 1, conforme a Emater. O preço médio do produto convencional, calculado pela Seab, é de R$ 1,31. Em Cascavel, passa de R$ 2 por unidade.

A oferta de alimentos considerados mais saudáveis do que os cultivados de forma tradicional, com agrotóxicos ou transgênicos, é apontada como a causa desse equilíbrio nos preços. Embora maior parte do escoamento da produção orgânica ainda esteja dependente das feiras de rua, o consumo tem sido facilitado com a entrada de novos comerciantes nesse segmento. Além de restaurantes e até mesmo lojas de roupas, o público ‘ecologicamente correto’ conta com mercados dedicados exclusivamente à venda de orgânicos.

Segundo Iniberto Hammerschmidt, coordenador estadual de olericultura da Emater, o apetite da população por alimentos orgânicos cresce mais de 50% ao ano e ainda deve abocanhar maior fatia do mercado. "Hoje, cada paranaense consome 45 quilos de hortifrutigranjeiros por ano. Mas a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 135 quilos. Ou seja, nós consumimos apenas um terço da quantidade recomendada", argumenta.
Safra 2011/12 deve render 150 mil toneladas

Apesar de a evolução da produção convencional superar a orgânica, o avanço dos alimentos livres de agrotóxicos também chama atenção. A safra 2011/12, que termina neste mês, está estimada em 150 mil toneladas – 12 mil toneladas a mais que a colhida há três anos, conforme levantamento da Emater. Consequentemente, a renda bruta do setor, que era de R$ 120 milhões no ciclo 2008/09, engordou, devendo atingir R$ 150 milhões nesta temporada.

Programas

Na avaliação de Iniberto Hammerschmidt, do Ins­ti­tuto Emater, são os progra­mas governamentais – o de Aquisição de Alimentos (PAA) e o da Alimentação Escolar (Pnae) – que sustentam as apostas dos agricultores no campo.

As hortaliças podem ser colhidas em até 30 dias e são consideradas investimentos promissores. Na última década, o Paraná aumentou em 1 milhão de toneladas a produção convencional desse tipo de produto.

Volume

Hoje, o estado colhe anualmente 3 milhões de toneladas – volume 20 vezes maior que o dos orgânicos. Em âmbito nacional, a produção chega a 20 milhões de toneladas, sendo que três produtos – o tomate, a batata e a melancia – respondem por aproximadamente metade desse volume.

Fonte: Gazeta do Povo – 09/06/2012

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