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Área plantada de trigo em 2017 cai 11% no Paraná

Os agricultores paranaenses semearam 970 mil hectares, número que representa redução de 11% frente a área plantada no ano anterior

O levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, mostra que o plantio do trigo nesta safra foi mais acelerado, com 71% da área semeada no final de maio, ritmo 11 pontos acima da média dos últimos cinco anos.

A projeção do Deral sobre a área plantada teve poucas alterações no levantamento de junho e foi avaliada em 970 mil hectares. O número representa uma diminuição de 11% frente a área plantada no ano anterior.

Segundo o Deral, houve incremento nos plantios realizados em abril, quando 12% da área total foi semeada, contra apenas 3% no mesmo mês do ano anterior e 10% de média dos últimos anos para o período.

Os técnicos explicam que o tempo mais seco neste ano contribuiu para a evolução mais rápida do plantio. Também em maio houve uma aceleração expressiva do, concentrando 58% da área do Estado.

O clima adverso em junho prejudicou os trabalhos. “Chuvas recorrentes e com volumes expressivos dificultaram o plantio no estado, especialmente na região Sudoeste, bem como ocasionaram umidade excessiva nas lavouras implantadas do Oeste e do Norte”, diz o relatório do Deral.

Os técnicos observam que nos últimos dias a umidade propiciada pelas chuvas tem sido benéficas para a retomada do plantio, que ainda está em níveis superiores à média. “Observa-se cada vez mais a intenção dos produtores de antecipar a semeadura e, consequentemente, a colheita do trigo, para ter tranquilidade para fazer os plantios de verão.”

Eles comentam que as lavouras apresentam boas condições. “Em termos gerais se espera um inverno com poucas anomalias de temperatura no Paraná, porém as precipitações devem superar a média. Esta situação, mesmo que não haja geadas, pode dificultar que se alcancem as produtividades recorde observadas em 2016”, diz o relatório do Deral.

Custos de produção

Os técnicos relatam que a redução da área plantada diminuiu também a procura por sementes, gerando uma queda no custo. Além disso, a valorização do real barateou o preço de fertilizantes e agrotóxicos. Agregados, estes três itens geraram uma economia de aproximadamente R$ 3 por saca para o triticultor, que está com um custo atual estimado em R$ 37, em média.

Apesar da redução dos custos, o preço recebido pela saca de trigo apresentou uma queda superior. O Deral calcula que a margem da triticultura está 16% negativa sobre o custo variável. “Neste mesmo período do ano passado os dados mostravam uma margem levemente positiva. Os valores recebidos pela saca também estão abaixo do mínimo estabelecido pela política de preços mínimos.

Fonte: Revista Globo Rural.

Antonio Senkovski

Repórter e produtor de conteúdo multimídia. Desde 2016, atua como setorista do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial) em veículos de comunicação. Atualmente, faz parte a equipe de Comunicação Social do Sistema FAEP. Entre as principais funções desempenhadas estão a elaboração de reportagens para a revista Boletim Informativo; a apresentação de programas de rádio, podcasts, vídeos e lives; a criação de campanhas institucionais multimídia; e assessoria de imprensa.

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