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Avicultura: Por que a indústria não abre a caixa-preta?

Avicultura: Por que a indústria não abre a caixa-preta?

Bom momento para as indústrias não reflete em ganho para avicultores

É fácil constatar nas manchetes de jornal o bom momento vivido pelas agroindústrias brasileiras, em especial aquelas que atuam no segmento de aves. Seja pela época natalina, que naturalmente aquece o setor, seja pelos novos mercados internacionais que se abrem às aves brasileiras, ou pelas recentes aquisições de empresas do setor por grandes grupos, pode-se concluir que o momento atual é bom para as indústrias.

A má notícia é que esse bom momento do varejo não é partilhado com a outra ponta da cadeia, que é onde estão milhares de avicultores integrados, responsáveis por alojar as aves desde os primeiros dias de vida até o abate. No Paraná, maior Estado produtor de aves do país, essa situação fica evidenciada. São mais de 15 mil avicultores no Estado com capacidade de alojar 1,6 bilhão de aves, onde 30% da produção é exportada para mais de 150 países.

Apesar da importância dos produtores integrados nesse processo, a falta de transparência das empresas integradoras em relação às formulas de remuneração causa desconforto e gera protestos. Segundo o consultor da FAEP Ademir Girotto, que acompanha os custos da cadeia da avicultura do Paraná, existe uma “caixa preta” por parte das empresas no que se refere ao cálculo da remuneração do avicultor. “Eles pegam itens como produtividade, conversão alimentar, mortalidade e descarte, jogam numa planilha que no final vai definir quanto será a remuneração do produtor”, explica. O cálculo utilizado para se chegar a este valor é um mistério.

A única certeza que o produtor tem e que ele não partilha da bonança do setor, pelo contrário, os custos dos sistemas de produção indicam que uma fatia expressiva dos avicultores do Estado trabalha no vermelho. Para compreender melhor a matemática financeira da avicultura no Estado, a FAEP promove desde 2008 o acompanhamento dos custos de produção da avicultura paranaense. A metodologia empregada é a mesma desenvolvida pela Embrapa e utilizada pela Conab para levantar custos de produção de aves e suínos. A diferença é que no Paraná a FAEP promove uma análise mais acurada do setor avícola devido à sua expressividade, promovendo levantamento de custo nas nove principais regiões produtoras e em 40 diferentes sistemas de produção.

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