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Balança comercial de lácteos preocupa

No ano de 2004 o Brasil passou de importador a exportador líquido de lácteos, com um superávit na balança comercial de 70,4 mil toneladas.
O setor comemorou e com toda razão, já que havia se habituado a saldos negativos, comoem 2000,  quando  atingiu 298 mil toneladas.
Até 2008 as exportações continuaram aumentando e parecia que o crescimento não se interromperia.
Porém, com a crise dos Estados Unidos,a demanda diminuiu e os preços internacionais dos lácteos, que em 2007 alcançaram preços recordes,minguaram.
No Brasil ficou mais fácil importar do que exportar, principalmente em função da relação cambial.
E os baixos preços internacionais acenderam o desejo importador, sem muita preocupação com os produtores nacionais de leite.
Deu no que registra o gráfico abaixo: saldo negativo a partir de 2009, culminando com -125 mil toneladas em 2011.

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O ano de 2011 foi crítico. Desde 2002 não se registrava tamanho volume de importação láctea.
E 2012 inicia no mesmo ritmo: em janeiro foram importadas 20,2 mil t, contra 14,6 mil t em janeiro de 2011, acréscimo de 38%, conforme mostra o próximo gráfico.

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Alarmados com a situação, os produtores de leite solicitaram ao governo investigação sobre suspeita de triangulação nas vendas por países vizinhos.
A solicitação foi apresentada ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, pelo presidente da câmara setorial do leite, Rodrigo Alvim, em reunião com dirigentes das 27 câmaras setoriais e sete temáticas vinculadas à Pasta, no dia 9 de fevereiro. As câmaras são fóruns consultivos, comparticipação de representantes dos setores público e privado.

Segundo matéria divulgada pelo Milkpoint,  Alvim suspeita que outros países estejam utilizando o Uruguai como escala para entrar no mercado brasileiro, aproveitando-se da tarifa zero no comércio dentro do Mercosul. "É uma concorrência predatória, que desestrutura a produção nacional", argumenta o dirigente. Ele afirmou que o crescimento expressivo na importação ainda não teve pressão sobre os preços internos por causa da redução da captação de leite, provocada pela estiagem no Rio Grande do Sul e excesso de chuvas em Minas Gerais.

Maria Silvia C.Digiovani
DTE/FAEP

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