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Boas práticas para uso da água na produção de leite

No Dia Mundial da Água, a Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP) lança um guia de boas práticas para orientar produtores, técnicos extensionistas e gestores a produzir leite, conservando os recursos hídricos em quantidade e qualidade. O comunicado técnico "Boas práticas hídricas na produção leiteira" possui apenas sete páginas e linguagem simples, com orientações para o manejo ambiental e hídrico da propriedade.

Disponível também no site da Embrapa (www.cppse.embrapa.br/publicacoes-online), a publicação tem como autores os pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste Alexandre Pedroso, Júlio Cesar Palhares e Luiz Francisco Zafalon, além do professor da Esalq/USP Fernando Campos Mendonça.

O lançamento ocorre na manhã desta sexta-feira (22), durante o seminário "Recursos hídricos – problemas e perspectivas", promovido pela Coordenadora do Meio Ambiente da Prefeitura de São Carlos. O evento será realizado às 9h, no auditório da Embrapa Instrumentação.

Guia mostra como é possível adotar uso racional da água na pecuária leiteira

De acordo com Júlio Palhares, faltam informações para produtores e extensionistas sobre o manejo ambiental e hídrico adequado nas propriedades de leite. Para suprir essa lacuna, o guia lista ações para que o público selecione o que é mais adequado à sua realidade.

As boas práticas de produção são um instrumento voluntário ou legal utilizado por vários países do mundo. Porém, segundo Júlio, a cultura de boas práticas no setor agropecuário no Brasil é recente. "Sua utilização é mais comum em cadeias produtivas que têm intensa relação com o mercado externo e, portanto, devem seguir princípios e normas produtivas dos mercados de destino", explica.

A utilização de boas práticas hídricas é o caminho para um produto que considere os valores de segurança dos alimentos e respeito ao meio ambiente, bem como a saúde de humanos e animais. Também permite ao produtor entender a água em suas três dimensões: alimento, insumo produtivo e recurso natural.

Algumas recomendações do guia:
– Avaliar a qualidade da água que os animais bebem com frequência mínima anual;
– Não permitir o consumo da água de rios, córregos, lagos e lagoas de forma direta;
– Atentar para a redução no consumo de água pelos animais, o que pode indicar problemas com a sua qualidade;
– Formular corretamente as dietas para evitar excesso de nutrientes, com consequente excreção excessiva de compostos potencialmente poluentes, como nitrogênio e fósforo;
– Lavar com água potável os equipamentos e utensílios de ordenha, bem como as mãos dos responsáveis;
– Cercar todas as fontes de água e os sistemas de tratamento de resíduos (esterqueiras, lagoas, biodigestores, composteiras) para impedir o acesso de humanos e animais;
– Conhecer todas as fontes de água da propriedade, e possuir a licença ambiental e a outorga de uso da água.

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