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Brasil obtém reconhecimento da OIE como área livre de febre aftosa com vacinação

Na assembleia geral em maio, em Paris, país recebeu o certificado de área livre de febre aftosa com vacinação; Paraná esteve representado por assessor da FAEP

O diretor executivo do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Estado do Paraná (Fundepec) e assessor da presidência da FAEP, Ronei Volpi, participou da 86ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), realizada em Paris (França), entre os dias 20 e 25 de maio. Volpi, ao lado do diretor presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Inácio Kroetz, representou o Paraná no evento, que também contou com a presença de autoridades brasileiras, como o ministro da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi.

Durante a Assembleia Geral, o Brasil recebeu o reconhecimento como área livre de febre aftosa com vacinação. O novo status sanitário se aplica a todos os Estados. Apenas Santa Catarina possui status de área livre da febre aftosa sem vacinação, uma condição sanitária superior que permite a entrada em mercados mais exigentes, que pagam mais pela qualidade dos produtos.
“Esse é mais um motivo para o Paraná dar o próximo passo que é buscar o status de área livre sem vacinação”, observa Volpi.

O Estado vem pleiteando a antecipação desse status junto à OIE. O Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (PNEFA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa),
colocou o Paraná em um bloco com outras 11 unidades da federação (Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe, Tocantins, São Paulo e o Distrito Federal), que se tornariam livres da doença sem vacinação apenas em 2023. A proposta das entidades representativas da pecuária paranaense é antecipar a retirada da vacina para 2020.

“Notadamente nossas carnes bovina e suína ainda não conseguem entrar em mercados mais atrativos do ponto de vista comercial, como Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos, que pagam mais
pela qualidade”, avalia Volpi. Com a mudança futura de status, o Paraná poderia vender para estes países. Brasileiros Outro ponto importante da reunião foi a condução de dois brasileiros a cargos diretivos na OIE. “Há pouco tempo, o Brasil assumiu um lugar como player mundial nas proteínas animais, mas devido à competência do corpo técnico, passamos a ocupar cada vez mais espaço na OIE”, analisa o dirigente do Fundepec.

Por meio da eleição dos delegados da entidade, o médico veterinário do Mapa, Bernardo Todeschini, conquistou uma vaga para a Comissão de Normas para Animais Terres tres. Também o médico veterinário e professor titular da Universidade de Brasília (UnB), Vítor Salvador Picão Gonçalves, que foi alçado a uma vaga na Comissão Científica para Enfermidades Animais. “Essas funções são estratégicas para o Brasil, pois participam ativamente das decisões técnicas da entidade”, afirma Volpi.

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Antonio Senkovski

Repórter e produtor de conteúdo multimídia. Desde 2016, atua como setorista do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial) em veículos de comunicação. Atualmente, faz parte a equipe de Comunicação Social do Sistema FAEP/SENAR-PR. Entre as principais funções desempenhadas estão a elaboração de reportagens para a revista Boletim Informativo; a apresentação de programas de rádio, podcasts, vídeos e lives; a criação de campanhas institucionais multimídia; e assessoria de imprensa.

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