A quebra da safra da Argentina, em função do pior clima registrado nos últimos 44 anos, não deve provocar alterações drásticas no cenário mundial do agronegócio. Porém, os reflexos imediatos, como a alta na cotação da soja, já estão sendo aproveitados pelos produtores paranaenses. “Essa é uma oportunidade para nós produtores do Brasil, se soubermos usar a janela. O grão já subiu 15%. O pessoal não pode sentar na safra e ficar esperando outra frustração. É precisa aproveitar a realidade”, aponta o produtor José Antônio Borghi, de Maringá, na região Norte. [A quebra na Argentina] deu uma injeção na comercialização.
Quem quer realizar esse é o momento, pois é um benefício momentâneo. Logo as coisas retornam ao normal”, complementa o pecuarista José Elalio Zago, com propriedade de 72 hectares no município de Castelo Branco, também no Norte do Estado.
De forma macro, para Borghi, o Brasil deveria aproveitar a oportunidade aberta pela Argentina, que talvez não consiga entregar produtos a todos os clientes internacionais, para ocupar essa lacuna. “Essa escassez de grãos por lá fez aparecer algumas oportunidades. Agora é não deixar passar”, diz. “O país precisa prospectar novas fontes de venda no exterior”, reforça Zago.
Para Euclênio Vendrametto Junior, que planta milho e soja e cria frango de corte e gado de leite em uma área de 60 hectares na cidade de Sabáudia, na região Norte, as oportunidades podem ir além do preço da oleaginosa. O produtor acredita que as produções de leite e carne na Argentina podem acabar caindo em função da falta de alimento para os animais e/ou alta no custo de produção. Isso permitiria uma inversão na balança comercial entre as duas nações em relação a esses produtos.
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