O tempo instável e o frio já causaram danos à produção agrícola em Maringá. Segundo o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a chuva intensa que atingiu a região no mês de junho e a massa de ar polar que chegou nesta semana têm afetado a olericultura – produção de hortaliças, frutas, tubérculos, raízes etc – e, se a previsão de geada para esta quarta-feira (24) se confirmar, os prejuízos serão ainda maiores.
"Alguns agricultores não têm ido à Feira do Produtor [em Maringá] por falta de produtos. Sem a condição para o plantio, falta oferta de produtos e, consequentemente, o consumidor também deve ser afetado em breve", relata o técnico agrícola do Emater Luiz Caetano Vicentino. O técnico recomenda aos produtores que, durante o inverno, façam a cobertura dos vegetais que não são protegidos por estufas.
Até a manhã desta terça-feira (23), não foram registrados prejuízos na cultura de milho – que corresponde a 98% da área plantada na região -, segundo o economista da secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab) Dorival Basta.
Segundo ele, a expectativa de colheita recorde, com 1,1 mil toneladas de grãos, mantém-se, contudo, ele alerta que o panorama otimista pode mudar da noite para o dia. "Se amanhecer com geada, teremos muitos estragos em todas as culturas, e esse número deve mudar muito. Alguns produtores, porém, conseguiram se adiantar, e 20% do milho já foram colhidos."
O agrônomo da Emater Jorge Ogassawara esteve em campo na manhã desta terça-feira (23) e avaliou que a chegada da massa de ar polar ainda não causou grandes danos às lavouras. "Mas temos de esperar até amanhã. Se o tempo ficar mais firme, é muito provável que teremos geada amanhã cedo, o que deve prejudicar bastante a agricultura, principalmente o café e as hortaliças folhosas."
Gazeta Maringá
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