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Chuva vai chegar, mas deve trazer frio

Por enquanto, os ares sopram a favor da safra de inverno no Brasil. As perspectivas climáticas prometem boas doses de chuvas para as culturas típicas desta estação nas principais regiões produtoras do país. No Centro-Oeste, as lavouras de milho devem ser beneficiadas por precipitações até a primeira quinzena de abril, conforme previsões da meteorologia.

Para o Sul, no entanto, as massas de ar frio devem ser intensas e chegar antecipadamente – no final de maio e início de junho. O prognóstico de temperatura assusta os produtores de milho, especialmente os paranaenses, que sofrem prejuízos por geada quase todos os anos.

Especialistas ressaltam que ainda não há previsão de geada, mas que a neutralidade climática favorece a ocorrência do fenômeno. "Como estamos num período de clima neutro, há um risco maior", aponta Marco Antonio dos Santos, da Somar Meteorologia. "E as massas de ar frio em anos de neutralidade ou de La Niña normalmente são mais intensas", acrescenta Luiz Renato Lazinski, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A queda de temperatura vem sendo observada em regiões sulistas, segundo Lazinski, e tende a se intensificar no final deste mês e início de abril, mas sem potencial para formação de geada, pelo menos no Paraná. No Centro-Oeste brasileiro, por outro lado, o clima mais frio pode favorecer a formação de orvalho durante as noites e amenizar a sede das lavouras. "Mesmo que sejam 2 milímetros ou 3 milímetros de água, é o suficiente para manter a planta saudável", afirma Santos.

Falta de água não deve ser um problema para a safra de inverno, segundo os especialistas. As chuvas previstas para até o início de abril nos principais estados produtores devem manter os solos com alta capacidade de reserva hídrica, o que garantiria o bom florescimento e pendoamento do milho plantado no começo deste ano. Já as regiões do Oeste baiano, Sul de Maranhão, Tocantins e Piauí devem começar a ver redução no volume de chuva mais cedo neste ano, a partir do final de março e abril.

Gazeta do Povo Online

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