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Chuvas atrasam plantio e fazem grãos disparar em Chicago

O mercado internacional de grãos retomou os negócios após o feriado do Memorial Day com forte valorização na Bolsa de Chicago. O clima úmido que ameaça reduzir o plantio e cortar o rendimento das lavouras nos Estados Unidos fez as cotações da soja saltarem mais de 2% ontem, a maior alta em duas semanas, e carregou o milho para o mais alto patamar desde o início de maio.

O contrato novembro/13 da oleaginosa, que baliza preços para a nova safra norte-americana, avançou 40,25 pontos e fechou o dia valendo US$ 12,88/bushel. O dezembro/13 do cereal foi a US$ 5,51/bushel, com alta de 14,50 pontos. Foi o maior ganho diário para o contrato em um mês e a quarta sessão consecutiva de valorização.

Em relatório divulgado após o fechamento do pregão, o Departamento de Agricultura dos EUA (Usda) informou que 86% do milho e 44% da soja haviam sido semeados no país até o último domingo. Os índices vieram em linha com o que o mercado esperava, mas ainda correm atrás da média histórica (90% e 61%, respectivamente).

Apesar de ritmo semanal (15 e 20 pontos porcentuais) ter sido razoável, as máquinas devem ter dificuldade para continuar avançando na próxima semana.

Chuvas fortes causaram inundações e paralisaram os trabalhos de campo em boa parte do cinturão de produção de grãos do país durante o feriado, reascendendo o temos de que os produtores não consigam semear toda a área pretendida. Nos últimos três dias, as precipitações acumularam mais de 150 mm em parte dos estados de Iowa, Illinois, Missouri e Dakota do Sul e mais 75 mm estão previstos para a porção leste do Corn Belt (de Missouri a Michigan) até o final da semana.

Nos últimos trinta dias, o Meio-Oeste dos EUA já recebeu entre 75% e 300% do volume normal de chuva para o período, com os maiores acumulados registrados no leste de Illinois, norte de Iowa e sul de Minnesota, três dos principais estados produtores de soja e milho no país. Segundo analistas, mais de um milhão de hectares inicialmente previstos para o milho devem deixar de ser cultivados devido ao clima úmido e perto de 6 milhões de hectares podem precisar ser replantados em junho.

Gazeta do Povo
Autor: Luana Gomes

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