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Chuvas seguem escassas no Paraná até o fim de janeiro

Frentes frias não terão força para chegar ao Estado. Todas as regiões tiveram índices pluviométricos abaixo das médias históricas

O baixo índice de chuvas nas regiões produtoras de soja em pleno estágio de desenvolvimento das lavouras acendeu um alerta aos produtores do Paraná. A escassez de precipitações já havia levado, em dezembro do ano passado, o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) a reduzir em 500 toneladas a estimativa inicial de produção. As perspectivas climatológicas adversas devem se estender, pelo menos, até o fim do mês. Segundo o serviço meteorológico Climatempo, as chuvas continuam escassas até o fim de janeiro.

As precipitações diminuíram drasticamente principalmente a partir da segunda quinzena de dezembro. No Paraná, todas as regiões tiveram índices pluviométricos abaixo das médias históricas, mas as áreas que mais sofreram foram a Oeste e Norte. Lá, algumas microrregiões chegaram a registrar entre 50 e 100 milímetros de chuva no mês, ante média história entre 200 a 250 milímetros, de acordo com o Climatempo.

“Dezembro foi um mês muito complicado para todo o Paraná, principalmente para as regiões Oeste e Norte. Faltou chuva e teve má distribuição das precipitações”, ressalta a meteorologista Graziella Gonçalves. “As frentes frias que se formavam no país só chegavam até o Sudeste, provocando essa anomalia negativa de chuvas”, completa.

Altas temperaturas

O cenário de estiagem foi agravado pelas altas temperaturas, registradas em todas as regiões do Estado. O Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) apontou que, em dezembro, as temperaturas em todas as regiões do Paraná estiveram entre 2°e 3° graus mais elevadas em relação à média histórica. Isso porque o aquecimento das águas do Oceano Pacífico – indicativo de formação de El Niño –  tem barrado a entrada de massas de ar frio no continente.

Próximas semanas

As perspectivas para as próximas semanas não são muito animadoras aos produtores de soja do Estado. As frentes frias que virão do Sul não terão força para chegar ao Paraná. A estiagem deve afetar principalmente as áreas Central e Norte do Estado. “Serão dias mais secos, com predomínio de sol e altas temperaturas. Se a chuva chegar, será em baixo volume e mal distribuída. Essa condição permanece até o dia 14 [de janeiro]”, apontou Graziella.

Entre o dia 15 e 21 de janeiro, as precipitações devem chegar em um volume maior ao Paraná, atingindo também toda a região Central. A faixa Norte, no entanto, deve continuar sofrendo com a estiagem.

“O alerta é que há possibilidades de tempestades, com quedas de granizo. E são fenômenos difícil de se prever com antecedência, porque serão ocorrências pontuais e bem localizadas”, diz a meteorologista do Climatempo.

As condições devem melhorar somente a partir da última semana de janeiro, com chuvas distribuídas ao longo dos finais de tarde. Esse panorama deve se manter até a metade de fevereiro, quando as precipitações voltam a oscilar.

“Fevereiro deve ir bem na primeira quinzena. Depois, as chuvas devem ser mal distribuídas. Isso dura até março e abril, quando devemos ter chuvas volumosas e generalizadas em todo o Estado”, projeta Graziella.

Fonte: Comunicação Sistema FAEP/SENAR-PR

 

 

Felippe Aníbal

Jornalista profissional desde 2005, atuando com maior ênfase em reportagem para as mais diversas mídias. Desde 2018, integra a equipe de comunicação do Sistema FAEP, onde contribui com a produção do Boletim Informativo, peças de rádio, vídeo e o produtos para redes sociais, entre outros.

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