Sistema FAEP

Comissão da FAEP discute grãos

COMISSÃO DE CEREAIS QUER ORIENTAÇÃO DA INDÚSTRIA

SOBRE PLANTIO DE VARIEDADES DE TRIGO

 

Os custos de produção e estudos dos prejuízos no milho, a nova classificação do milho, seguro agrícola, o cenário climático para primavera/verão, comercialização e classificação do trigo foram os principais temas abordados na reunião ordinária da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da FAEP – Federação da Agricultura do Paraná. Uma das principais definições do encontro foi o pedido que será feito a indústria de moagem de uma lista de variedades de trigo, por região, mais adequadas aos produtores do Paraná.

"Nós produtores precisamos desta orientação porque nosso maior problema é plantar trigo e não ter para quem vender", afirma o presidente da comissão, Ivo Arnt Filho. Durante a reunião o representante da Associação Brasileira da Indústria do Trigo – Abitrigo, Marcelo Vosnika, deu uma importante orientação para os produtores "antes de plantar procurem o moinho mais próximo e negociem o tipo de trigo que eles precisam. Assim o produtor garante a liquidez de seu produto. Esta aproximação já foi feita pelos produtores argentinos e é isso que garante mercado ao produto deles", afirma.

Para Marcelo o maior problema do mercado de trigo no Brasil é a mistura das variedades. "Não existe trigo ruim, existe trigo misturado o produtor tem que garantir a identidade e a segregação da sua produção", explica. Adotando esta postura o produtor vai resolver alguns problemas como: solucionar a questão da logística, diminuir custos e garantir ao mercado o produto que a indústria precisa. No caso do Brasil a maior demanda é por trigo para panificação. "O mercado brasileiro precisa de 55% de trigo para panificação, mas só consegue produzir 20% desta demanda, por isso precisamos importar", finaliza.

Sobre a questão da nova classificação do milho,  o técnico do SENAR-PR Johnny Fusinato Franzon fez uma análise da proposta que a FAEP vai encaminhar ao Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento. "A intenção é enviar uma proposta mediadora para que os produtores rurais paranaenses não tenham grandes prejuízos. Assim, eles terão um tempo para se adequar ao Padrão Argentino, utilizado internacionalmente e que o MAPA quer implantar em todo o país".

Os participantes assistiram também à palestra, proferida pelo coordenador estadual da Emater na área de grãos, Nelson Harger. O especialista fez uma análise de como os agricultores podem minimizar riscos, apesar de condições climáticas desfavoráveis. "É o que vamos ver agora com o fenômeno La Niña, onde a ocorrência de chuvas será bem escassa e irregular. Os produtores devem usar estes dados para planejar o plantio e manejo das culturas. As informações sobre o clima estão melhores e a tendência é ficarem cada vez mais aprimoradas o que ajuda muito a agricultura", finaliza.

Sobre seguro agrícola os produtores de cereais receberam uma excelente notícia: a seguradora Aliança do Brasil elaborou uma tabela com níveis de produtividade por município no Paraná. "Este foi um dos resultados de um seminário que organizamos junto com a FAEP, em 2008. Ainda precisamos avançar muito n área de seguro agrícola, mas esta revisão dá uma nova perspectiva ao produtor rural, pois os índices de produtividade são muito variáveis,", afirma Luiz Digiovani, consultor da seguradora.

ANÁLISE DE MERCADO

De quebra os produtores de grãos tiveram ainda uma análise de preço de mercado feita pelo técnico da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, Eugênio Libreloto Stefanello. "Com a quebra de 25 milhões de toneladas na produção de trigo o preço subiu. Por causa do clima o preço do milho subiu um pouco mais nas duas últimas semanas. Outra conseqüência é que o Brasil deve exportar 10 milhões de toneladas de milho, 20% a mais do que estava previsto e  isso também gerou aumento na cotação do milho. O preço do soja também subiu, mas sem nenhuma explicação, foi apenas pura especulação".

O especialista dá uma dica importante para o produtor que tem milho: "Especule, venda grão por grão. Durante dois anos os produtores de milho venderam o produto a preço de banana podre, agora é a hora de recuperar as perdas. O preço pode chegar a R$ 25,00 a saca".

Para minimizar os prejuízos causados pelo clima – fenômeno La Niña – Stefanello indica: "o produtor deve escalonar o plantio, fazer seguro agrícola, tratar as sementes e plantar várias variedades de semente- precoce e super-precoce".  Em relação ao câmbio ele foi enfático – "não deve haver variação, pois câmbio baixo  favorece o consumidor e há dois outros motivos 1) superávit na Balança Comercial e  muito capital especulativo por causa dos juros altos."      

          

DETI

O Departamento de Tecnologia da Informação (Deti) do Sistema FAEP/SENAR-PR, formado por profissionais da área, é responsável pela gestão tecnológica do portal da entidade, desde o design, primando pela experiência do usuário, até suas funcionalidades para navegabilidade.

Comentar

Boletim no Rádio

Boletim no Rádio