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Corte de verba expõe culturas de alto risco

Plano Trienal estabelece diretrizes até 2018, mas reduz valor total e participação no custeio das apólices

Com o corte orçamentário por parte do governo federal, as culturas que mais exigem proteção do seguro rural, como a soja, feijão, trigo e milho safrinha, estão ameaçadas de ficarem descobertas a partir do ano que vem. O Plano Trienal do Seguro Rural (PTSR) 2016-18, anunciado semana passada, traça novas diretrizes de acesso e prevê disponibilizar até R$ 400 milhões para o benefício em 2016, contra os R$ 800 milhões previstos em 2015. O valor total avança em 2017 e 2018, mas a partir de uma base menor, chegando a R$ 425 mi e R$ 455 milhões respectivamente.

A redução do montante foi recebida com pessimismo pelo mercado, que crítica à falta de diálogo do governo e afirma que o quadro ameaça as principais culturas. “Um produtor de grãos que antes contratava o seguro agrícola com subvenção de 70%, em cultivos de alto risco, teve o subsídio reduzido a 35% para coberturas de riscos nomeados (granizo e geada). Ou seja, terá que desembolsar muito mais para adquirir o seguro”, analisa o economista da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) Pedro Loyola.

A opinião quanto a redução equivocada do montante é compartilhada pelo gerente técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) Flávio Turra. “Gostaríamos que o programa fosse fortalecido com mais recursos, mas ocorre o contrário: corte econômico em um dos programas que mais deveria receber investimentos.”

No total, agora cada produtor poderá ter acesso a R$ 144 mil para a subvenção, distribuído metade para a modalidade agrícola e a outra metade para as produções pecuária, florestais e aquícolas (R$ 24 mil cada). No ano passado, o valor máximo subvencionável era de R$ 192 mil. Para o cultivo de grãos, a participação do governo no custeio das apólices varia de 30 a 45%, de acordo com o nível de cobertura e de riscos, enquanto que para as demais modalidades produtivas é fixa em 45%.

Fonte: Gazeta do Povo  – 01/12/2015

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