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Crescem as importações de feijão preto

A quebra da safra brasileira de feijão, além de ter contribuído para elevar os preços do carioca no mercado interno nos últimos meses, tem favorecido também o aumento das importações do grão preto, que tradicionalmente vem da Argentina e mais recentemente da China . "Geralmente quando falta produto no mercado interno nos abastecemos de feijão preto na Argentina, mas os preços da China estão em patamares inferiores. Com isso, as compras neste mercado seguem em alta este ano", fiz Marcelo Luders, diretor da Correpar Corretora. Entre janeiro e abril deste ano foram importadas 78,2 mil toneladas de feijão preto, 44% das quais vieram da China, segundo levantamento da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).

Desde 2008, quando houve quebra nas safras do Brasil e da Argentina, a China vem avançando na exportação do grão e hoje se posiciona como o maior exportador de feijão preto do mundo, com vendas anuais superiores a 1 milhão de toneladas, segundo dados da FAO, órgão das Nações Unidas para agricultura.

Além da necessidade de se abastecer fora do Brasil, uma vez que a oferta local não atende a demanda, as indústrias estão pagando menos pelo feijão trazido de fora. Estimativas apontam que as compras na China custam 20% a menos. Na Argentina, o valor é 15% menor que o do produto brasileiro.

A safra brasileira 2011/12 soma três plantios e deve ser 2,4% menor este ano, atingindo uma área de 3,9 milhões de hectares. Na primeira safra a queda supera 12% decorrente tanto da redução da área quanto da quebra da produção em função da seca no Norte e Nordeste, da falta de chuvas em algumas áreas do Paraná e do excesso de precipitações no Rio de Janeiro. Como resultado da safra menor, os preços, que já subiram sensivelmente no primeiro quadrimestre do ano, devem permanecer em alta. "A produção este ano é preocupante. Pelos cálculos do governo faltarão 600 mil toneladas para abastecer o mercado", diz Luders. O feijão carioca é o mais consumido no país, e responde por 80% da demanda nacional. Já o feijão preto responde por 17% da demanda.

Fonte: Globo Rural – 11/06/2012

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