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CT de Bovinocultura de Leite realiza primeiro encontro de 2020

Reunião foi realizada por meio de videoconferência para evitar a propagação do novo coronavírus

A Comissão Técnica (CT) de Bovinocultura de Leite da FAEP realizou, no dia 17 de março, sua primeira reunião por videoconferência em 25 anos de atuação. A ideia foi evitar a aglomeração de pessoas, em face da pandemia do coronavírus, e também contribuir com a economia dos sindicatos rurais, evitando o deslocamento dos integrantes da comissão até Curitiba. A videoconferência conectou 13 sindicatos rurais em diversas regiões do Estado, à sede da FAEP, em Curitiba, onde estavam o presidente da Comissão, Ronei Volpi, e os assessores técnicos da instituição.

A pauta de discussões começou com um panorama geral do mercado dos lácteos no Paraná e no Brasil. O presidente da CT apresentou dados de produção, importação e exportação. “Continuamos com a produção primária em constante crescimento”, pontuou Volpi, que também ocupa a presidência da Câmara Setorial do Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a presidência da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Segundo o dirigente, uma das principais batalhas que devem ser travadas pelo setor no âmbito federal diz respeito à reforma tributária. “Aquilo que está sendo posto por meio de emenda constitucional é preocupante, pois poderemos ter aumento no custo de produção. Estamos trabalhando, por meio da CNA ou da Frente Parlamentar da Agropecuária, para amenizarmos os impactos negativos desta reforma tributária na produção de lácteos”, afirmou.

Na sequência, o coordenador do Departamento Técnico Econômico (DTE) da FAEP, Jefrey Albers, apresentou, em linhas gerais, as propostas encaminhadas pela FAEP, em conjunto com a Ocepar e a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), para o Plano Safra 2020/21 do Mapa. Todos os anos estas instituições levam às autoridades federais uma lista de reivindicações referente a crédito, seguro rural e outros fatores que compõe o Plano Safra, que trata das políticas governamentais para o próximo ano-safra. Estas propostas não podem, porém, estar descoladas da realidade, para que tenham condições de serem atendidas pelo governo.

“Nossos pleitos falam a mesma linguagem que o governo”, afirmou Albers. “Se o Ministério da Economia tem uma tendência de novas linhas [de financiamento], temos que fazer propostas com isso em mente. Hoje, a preocupação maior do governo está nas linhas de Pronaf e Pronamp, que beneficiam os pequenos e médios produtores”, pontuou.

A terceira parte da reunião teve foco no meio ambiente. A técnica Carla Beck, do DTE da FAEP, trouxe informações sobre o “Descomplica Rural”, programa de governo elaborado com participação da FAEP para reduzir a burocracia na emissão dos licenciamentos ambientais. Carla focou sua apresentação nas mudanças ocorridas na bovinocultura de leite e de corte. Uma das maiores contribuições do programa está no prazo na emissão das licenças. “Hoje, este processo é todo digital. Licenças que levavam até dois anos, agora, no máximo, seis meses. A dispensa de licenciamento, que é onde a maioria dos produtores se enquadra, que antes levava 420 dias, hoje sai no mesmo dia”, afirmou.

Serviço

Os documentos “Propostas para o Plano Safra 2020/21” e “Cartilha Descomplica Rural” estão disponíveis na seção Serviços.

Felippe Aníbal

Jornalista profissional desde 2005, atuando com maior ênfase em reportagem para as mais diversas mídias. Desde 2018, integra a equipe de comunicação do Sistema FAEP/SENAR-PR, onde contribui com a produção do Boletim Informativo, peças de rádio, vídeo e o produtos para redes sociais, entre outros.

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