O jogo foi rápido. Após a realização de duas audiências públicas em dezembro do ano passado nas cidades de Umuarama e Cianorte (conforme noticiado neste Boletim Informativo nº 1244), o governo estadual abriu nesta semana os envelopes da licitação da PR-323, no trecho entre Maringá e Francisco Alves, no noroeste paranaense. Esta deverá ser a primeira Parceria Público-Privada (PPP) do Paraná e vai dinamizar o fluxo de cargas em uma importante região do Estado, uma vez que a rodovia liga Guaíra, na fronteira com o Paraguai, com Maringá.
O valor cobrado nas praças de pedágio será de R$ 3,90, mas o motorista só começará a pagar depois que a rodovia for duplicada. A situação é diferente daquela praticada nos pedágios das rodovias concedidas pelo governo federal, onde uma simples pintura de faixa já autoriza a cobrança de tarifas. As obras terão início no segundo semestre deste ano, mas cobrança só deve começar em 2016, após a conclusão da duplicação nos primeiros trechos concedidos.
A extensão total da rodovia é de 220 quilômetros, dos quais 207 serão duplicados. O vencedor da licitação, que ficará responsável pela execução das obras e pelo gerenciamento da PPP, foi o consórcio Rota 323, que tem à frente a construtora Odebrecht. O resultado não surpreendeu, uma vez que a empresa já possuía o projeto para a realização das melhorias, e foi a única a apresentar proposta no certame.
O orçamento total do projeto é de R$ 7,7 bilhões, dos quais R$ 3,6 bilhões serão investidos em novas obras de manutenção e conservação e no serviço de atendimento ao usuário. Além da duplicação da via, o programa prevê a construção de 19 viadutos, 22 trincheiras, 13 passarelas e nove pontes. Também estão previstas vias marginais e ciclovias quando a rodovia passar por áreas urbanas.
Segurança e desenvolvimento
A duplicação da PR-323 é uma reivindicação antiga da população. Em 2010, associações e entidades empresariais de Maringá, Umuarama e Cianorte iniciaram uma campanha pela duplicação da rodovia, com o objetivo de reduzir o número de acidentes e potencializar o desenvolvimento dos municípios que necessitam da via para transportar sua produção.
A duplicação da rodovia irá beneficiar diretamente 14 municípios da região e também vai favorecer o transporte com o Mato Grosso do Sul e com o Paraguai.
O primeiro trecho que deverá ser duplicado é entre Paiçandu e o entroncamento com a PR-486, na cidade de Perobal, que compreende 162,5 quilômetros. Na sequência serão realizadas as obras de duplicação entre Perobal e Francisco Alves, com 44,3 quilômetros de extensão. O final da duplicação está prevista para o ano de 2020. O consórcio tem duração de 30 anos.
(Com informações da Gazeta do Povo e AE Notícias)
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