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Exportação de suco de laranja sobe 28,5% na safra 17/18

Entre julho do ano passado e março deste ano, o total exportado pelo País atingiu 855,8 mil toneladas, em comparação com 665,8 mil toneladas em igual período da safra 2016/2017

O aumento das exportações brasileiras de suco de laranja em 62,2% para os Estados Unidos puxou a alta de 28,5% no volume total embarcado da bebida nos nove primeiros meses da safra 2017/2018. Entre julho do ano passado e março deste ano, o total exportado pelo País atingiu 855,8 mil toneladas, em comparação com 665,8 mil toneladas em igual período da safra 2016/2017. A receita com as exportações totais de suco saltou 30% entre os mesmos períodos, de US$ 1,198 bilhão para US$ 1,556 bilhão.

O levantamento, divulgado hoje pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) a partir dos dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), considera a soma dos volumes de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ) e do o suco fresco, ou não concentrado e congelado (NFC). O volume de NFC, seis vezes maior, é transformado no equivalente em FCOJ e somado ao do concentrado no total divulgado.

Para o mercado norte-americano foram enviadas 226,6 mil toneladas de FCOJ equivalente entre julho e março, na safra 2017/2018, ante 139,7 mil toneladas no período correspondente da safra 2016/2017. O volume 62,2% a mais exportado aos Estados Unidos nos nove primeiros meses da atual safra gerou faturamento de US$ 404,4 milhões, alta de 58,7% sobre o de igual período da safra anterior, de US$ 254,8 milhões.

O suco de laranja enviado aos Estados Unidos é basicamente o FCOJ utilizado para ser reconstituído antes de ser comercializado no mercado local, ou reexportado. A produção norte-americana, em queda por causa da ação do greening na Flórida – principal doença bacteriana dos pomares -, obrigou o fechamento de fábricas naquele Estado. Como consequência, a demanda pela bebida brasileira tem aumentado. Para completar, a oferta local foi atingida pela ação do furacão Irma, que afetou a produção de pomares daquele Estado norte-americano no fim do ano passado.

O volume vendido nos nove primeiros meses da safra 2017/2018 para a União Europeia, destino de 60% do suco de laranja brasileiro no período, atingiu 512,9 mil toneladas ante 428,5 toneladas de FCOJ equivalente no período anterior. Se no volume exportado a alta foi de 19,7%, a receita entre os períodos variou 20,4%, de US$ 772 milhões para US$ 929,5 milhões.

Entre os mercados menores, destaque é o Japão, com o crescimento de 82% nos embarques em nove meses de safra, para 37,7 mil toneladas e de 115% na receita, com US$ 72,4 milhões. A China aumentou em 16% o volume de suco importado do Brasil, com 26,1 mil toneladas e em 28% a receita, a US$ 52,1 milhões, entre os períodos.

Em comunicado, o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, avaliou a melhora das exportações como um retorno “de uma relativa normalidade” ao mercado. “A safra passada, a 2016/2017, uma das menores da história, produziu uma quantidade muito pequena de suco, o que afetou a oferta. Então, a comparação com o período anterior pode apresentar algumas distorções”, relatou.

Segundo o executivo, na comparação dos mesmos períodos de nove meses da atual safra 2017/2018 com a retrasada, a 2015/2016, antes dos problemas derivados da pouca oferta de laranja, há um aumento de 4,6% no volume total de FCOJ equivalente exportado pelo Brasil. Naquela safra, o volume exportado entre julho de 2015 e março de 2016 estava em 818,2 mil toneladas.

Na comparação entre esses dois períodos e desconsiderado a safra passada, o diretor da CitrusBR apontou que Estados Unidos e União Europeia mostram direções opostas. “Quando comparamos o volume embarcado para os Estados Unidos na safra atual com a safra retrasada (de 141,6 mil toneladas), o aumento é de 60%, mas quando comparamos com (o volume de 578 mil toneladas) da Europa, há uma queda 11,2%”, observou. “Isso mostra que apesar do bom resultado deste ano, que deve ser comemorado, não podemos pensar que todos os problemas estão resolvidos porque a pressão sobre a demanda de suco ainda é um problema grave”, concluiu.

Fonte: Portal do Agronegócio.

Antonio Senkovski

Repórter e produtor de conteúdo multimídia. Desde 2016, atua como setorista do setor agropecuário (do Paraná, Brasil e mundial) em veículos de comunicação. Atualmente, faz parte a equipe de Comunicação Social do Sistema FAEP/SENAR-PR. Entre as principais funções desempenhadas estão a elaboração de reportagens para a revista Boletim Informativo; a apresentação de programas de rádio, podcasts, vídeos e lives; a criação de campanhas institucionais multimídia; e assessoria de imprensa.

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