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FAEP participa de Congresso Latinoamericano de Seguro Agrícola

A FAEP esteve presente no XII Congresso de Associación Latinoamericana para el Desarrollo del Seguro Agropecuário (ALASA) com o tema "Gestão e Integração da Informação sobre Seguros Agropecuários", que ocorreu em Québec no Canadá entre 29 de maio a 2 de junho.

O economista Pedro Loyola, Coordenador do DTE/FAEP, proferiu palestra sobre seguro agrícola no Brasil e a percepção dos produtores rurais referente à gestão de riscos. O público composto de 206 especialistas em seguro agrícola de 21 países conheceu de perto o Programa de Subvenção ao Prêmio do Governo Federal e o programa estadual do Paraná, o Proagro e Proagro Mais, o Garantia Safra e os fundos mútuos.
A ALASA começou no México em 1986 e depois foi transferida para Santa Fé na Argentina, sendo atualmente a sede da organização. A associação tem como missão contribuir ao desenvolvimento integral do seguro agropecuário na América Latina e ao posicionamento deste instrumento como meio de proteção para os produtores do meio rural. A visão da ALASA é contar com sistemas integrados de seguro agropecuário em todos os países de América Latina.
O Congresso é uma oportunidade de discutir temas importantes do seguro agrícola na América Latina, seu desenvolvimento e principais entraves, mas também é o momento de fechar negócios entre as resseguradoras multinacionais e as seguradoras de cada país.
Em sua palestra, Pedro Loyola mostrou levantamento inédito da FAEP referente a área do Brasil coberta com algum mecanismo de proteção contra perdas climáticas e do porcentual de produtores/propriedades contemplados.
Em 2011, em torno de 19% da superfície da área agrícola brasileira tinha algum mecanismo de proteção, que atendeu 30% dos produtores. Os EUA, por exemplo, atendem 80% da superfície destinada a agricultura com algum seguro agrícola, percentual considerado como uma meta para muitos países.
Na América Latina os seguros mais desenvolvidos são o do México e do Brasil. "Os programas de subvenção com participação do estado são uma tendência na América Latina, acompanhando a experiência internacional dos países que tiveram êxito em desenvolver o mercado de seguro agrícola", resume Pedro Loyola.
Ele conta que temos muito que aprender com los hermanos. "Em torno de 17% dos agricultores da América Latina tem algum tipo de seguro agrícola. Na Colômbia produtores que fazem seguro agrícola obtêm redução na taxa de juros do crédito rural. Por que não podemos fazer o mesmo no Brasil?", questiona.
"No Chile a subvenção é de 50% do prêmio acrescido de um valor fixo. No Chile o programa de subvenção começou em 2000, no Equador e Colômbia em 2005, Peru em 2008 e mais recentemente na Bolívia. O Uruguai possui um sistema de seguro para grãos e frutas com subvenção do estado que chega a 50% do prêmio", explica Loyola.
Em Portugal o governo subsidia até 75% do prêmio e na Espanha até 50%, dependendo da cultura e região. Nos contatos com resseguradoras multinacionais ficou clara a preocupação dos agentes que correm grande risco ao investir no mercado de seguro agrícola.
"Eles estão apreensivos com a falta de planejamento do governo brasileiro que não tem cumprido o programa de subvenção e não apresenta um plano de metas para dar um horizonte de crescimento no seguro agrícola nos próximos 3 anos. Se não arrumarmos a casa, eles podem deixar de investir no Brasil e aumentar a participação em outros países", constatou Pedro Loyola.

 Veja  palestra  do Economista Pedro Loyola no XII Congresso de Associación Latinoamericana para el Desarrollo del Seguro Agropecuário, no Canadá

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