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Fiscais do Mapa vão ao Paraguai para inspecionar frigoríficos

Mais uma medida prevista pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para impedir a introdução do novo vírus de febre aftosa localizado no Paraguai terá início nesta quinta-feira, 12 de janeiro. Durante oito dias, dois fiscais federais agropecuários do Departamento de Saúde Animal (DSA) e do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) vão inspecionar os frigoríficos habilitados a exportar carne para o Brasil.

O principal objetivo da missão é verificar se os estabelecimentos estão cumprindo os requisitos sanitários exigidos para a exportação de carne maturada e desossada para o mercado brasileiro. Ao todo, cinco plantas dos Departamentos de Assuncion e Concepción serão visitadas.
 
No período de 15 a 21 de janeiro, uma nova missão do Comitê Veterinário Permanente do Mercosul (CVP) também deverá viajar até o país vizinho. O Brasil, que preside a entidade atualmente, contará com dois representantes na comitiva. O foco da visita será buscar soluções e ajudar o Paraguai na identificação e implementação das melhores estratégias futuras para erradicar a febre aftosa no seu território.

Desde setembro de 2011 está proibido, em todo o território paraguaio, a entrada de animais e seus produtos que possam veicular o vírus da febre aftosa. As importações de carne bovina maturada e desossada e produtos termo processados estão autorizados, desde que cumpram os requisitos exigidos pelas autoridades brasileiras. Apenas as compras de carne bovina oriunda do Departamento de San Pedro – onde dois focos foram notificados nos últimos meses – estão suspensas temporariamente pelo Brasil.

No momento, a entrada dos produtos no Brasil é permitida somente por meio da localidade de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, onde os caminhões são desinfetados com produtos viricidas. As cargas devem estar acompanhadas de certificado sanitário internacional expedido pela autoridade competente que comprove o atendimento dos requisitos brasileiros.

Os animais devem ser originários de áreas incluídas no programa nacional de controle da febre aftosa e de propriedades que não tenham registrado nenhum foco da doença nos 60 dias anteriores. Nenhum caso poderá ter ocorrido também nas proximidades dessas fazendas, num raio de 25 quilômetros, nos 30 dias antecedentes.

A lista de exigências também prevê que todas as carcaças, antes da desossa, devem ter sido submetidas a processo de maturação sanitária em temperatura superior a +2° C, durante um período de pelo menos 24 horas após o abate. Outro requisito é que o pH no centro do músculo dorsal, em cada metade da carcaça, não tenha alcançado valor superior a seis. A última condição é que o veículo tenha sido lacrado pela autoridade competente no país de procedência e que seja destinada a estabelecimento sob inspeção federal, para que autoridades brasileiras fiscalizem a carga, antes da distribuição do produto no mercado brasileiro. Segundo o Código Sanitário de Animais Terrestre, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o produto nestas condições é isento de risco.

O Mapa ressalta que a carne maturada e desossada de origem paraguaia está proibida de ingressar no estado de Santa Catarina, já que o estado é considerado internacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação.

Fonte: Mapa

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