A confirmação dos focos de febre aftosa no Paraguai é umaoportunidade para testarmos nosso sistema de defesa agropecuário. Apesar dasdeficiências, o momento que estamos passando é distinto daquele da ocorrência dos focos de 2005 no noroeste doestado. Embora ainda existam deficiências de estrutura humana no DEFIS temosmais técnicos, mais veículos entre outros recursos para prevenir a entrada dovírus no Paraná.
Os Conselhos de SanidadeAgropecuária – CSA estão ativos, e agora é o momento de dar resposta a estenovo desafio que está surgindo. É fundamental que os Conselhos se reúnam emseus municípios e regiões para definir estratégias e para conscientizarprodutores quanto ao risco que o transporte de máquinas. Implementos, veículos,pessoas e animais podem significar para todo o Brasil.
Realizar reuniões, dar entrevistas em rádios locais,orientar produtores que tem propriedades no Paraguai no sentido de evitar aomáximo o deslocamento para aquele país são algumas das ações que o CSA podedesenvolver neste momento. As informações oficiais indicam que o foco é nacidade de San Pedro, distante apenas 250 km da fronteira com o Paraná. Emfunção da alta contagiosidade e poder de propagação do vírus chegando a sedeslocar até 15 km pelo ar, é fundamental que toda a sociedade esteja emalerta. As aglomerações de animais devemser evitadas ao máximo e o transito de equipamentos deve seguir rigorososcuidados sanitários. O transporte de animais do Paraguai para o Paraná deve serevitado a todo custo. Lembrem que a tendência dos preços de gado no Paraguai éde baixa, o que aumentará a pressão de transito de animais para o Brasil.Portanto esta é a hora dos CSA´s e suas lideranças fazerem a diferençacontribuindo com as autoridades sanitárias e com toda a sociedade de nossoestado.
Vale lembrar que o último episódio de febre aftosa no Paranágerou um prejuízo à economia de estado de aproximadamente R$ 4 bilhões, sendoque as cadeias produtivas de bovinocultura de corte e de suinocultura foramaquelas que mais acumularam tais prejuízos.
O sistema de defesa sanitária envolvendo técnicos do MAPA edo DEFIS estão tomando todas as providências necessárias para prevenir aentrada da doença no Paraná. É necessário, no entanto, que os produtores, atravésdos CSA´s, colaborem com os técnicos do DEFIS atendendo suas recomendações eprincipalmente ajudando no controle do transito de animais, maquinário agrícolaetc. e evitando a aglomeração de animais.
ALERTA – O governo faz um alerta a todos os produtoresparanaenses para que se envolvam nessa mobilização da vigilância sanitária. Ascomunidades, através dos Conselhos Municipais de Sanidade (CSAs), devemauxiliar no processo de vigilância e orientação aos produtores para que evitemou denunciem casos de trânsito irregular de animais, sem o acompanhamento daGuia de Trânsito Animal (GTA) – documento emitido pela Secretaria daAgricultura e do Abastecimento.
Outro alerta é dirigido diretamente às pessoas que transitaram pelo Paraguai,nas áreas de foco da febre aftosa, para que evitem contato com animais em solobrasileiro.
O último foco de febre aftosa registrado no Paraná foi em 2005 e, desde então,a doença não mais se manifestou no Estado. Para manter o controle davigilância, duas campanhas de vacinação contra a doença são realizadas todos osanos.
A Secretaria da Agricultura está adotando todos os procedimentos técnicos parapleitear nos próximos anos, junto ao Ministério da Agricultura e à OIE, oreconhecimento do Paraná como área livre de febre aftosa sem vacinação.
Fonte: Agência de Noticias
Este é o momento do setor produtivo do Paraná demonstrarcapacidade de mobilização, coordenação, tranquilidade e firmeza com o objetivode superar as dificuldades e prevenir a reintrodução do vírus em nosso estado.
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