Por incrível que pareça, o frango esta voando alto este ano. Um estudo divulgado pela FAEP na última semana aponta que a avicultura atravessa um bom momento, que deve se manter também no ano que vem. De acordo com a autora do trabalho, a médica-veterinária Ariana Weiss Sera, do Departamento Técnico Econômico (DTE) da Federação, fatores internos e externos ajudaram a construir um cenário favorável para a atividade. “Com a crise econômica, a proteína das aves, que é mais barata que a carne bovina, encontrou uma maneira de ganhar espaço no mercado. Essa demanda interna aquecida melhora a remuneração do avicultor”, avalia.
No cenário externo, Weiss observa que o surto do vírus Influenza, em diversos países exportadores, com destaque para os EUA, contribuiu para que o Brasil ganhasse novos mercados, aumentando seu volume de exportações.
Em julho deste ano, o Brasil registrou sua maior produção de frangos da história, atingindo a marca de 573,2 milhões de abates, um aumento de 3,82% em relação ao mês anterior e de 5,61% em relação a julho de 2014. Nesse quadro, o Paraná responde por mais de 30% da produção, confirmando mais uma vez sua posição como maior produtor brasileiro de frangos. Entre junho de 2014 e junho de 2015, o Estado registrou aumento de aproximadamente 18% na produção, um crescimento muito superior ao brasileiro, e que deve se perpetuar em 2016.
Entre janeiro e junho deste ano, o Estado abateu 846.673.284 cabeças, o que corresponde a 30,4% do total abatido no Brasil.
O bom momento se reflete no preço do frango vivo pago ao produtor. Nos meses de junho e julho, o valor recebido pelo produtor apresentou crescimento, porém o custo total de produção aumentou no mesmo ritmo, puxado pelos sucessivos reajustes na tarifa de energia elétrica, que no primeiro semestre de 2015 subiu impressionantes 97%, mesmo com o desconto da Tarifa Rural Noturna.
Foi só em agosto que a remuneração dos avicultores se descolou do custo total de produção, trazendo rentabilidade para a atividade. Naquele mês, o preço médio do frango vivo recebido pelo produtor chegou a R$ 2,36, enquanto o custo total de produção foi de R$ 2,25 por ave.
Segundo Weiss, porém, não existe garantia de que essa boa relação entre custo e remuneração se perpetue em 2016. “O cenário de instabilidade política e econômica no plano nacional deve refletir num aumento no custo dos insumos, impactando negativamente a produção avícola”, avalia.
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