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Frango Vivo: No PR o número de abates em julho foi de 152 milhões

A produção de carne de frango subiu 9% no mês de julho em comparação com o mesmo período do ano passado. O estado do Paraná ganhou ritmo e registrou 152 milhões de abates, gerando 1/3 da exportação com 35% dos embarques

Nesta quinta-feira (20), os preços para o frango vivo encerram o dia mais um vez com estabilidade. Atualmente, São Paulo e Minas Gerais praticam o melhor valor dentre as principais praças de comercialização. No estado mineiro o preço do vivo está sendo praticado a R$ 2,85/kg, enquanto na praça paulista está cotado a R$ 2,70/kg.

A produção de carne de frango subiu 9% no mês de julho em comparação com o mesmo período do ano passado. O estado do Paraná ganhou ritmo e registrou 152 milhões de abates, gerando 1/3 da exportação com 35% dos embarques.

Segundo o presidente Domingos Martins do SINDIAVIPAR, em entrevista ao Boletim do Notícias Agrícolas, essa liderança do estado é divido à estrutura que o setor de avicultura no Brasil está formando. “A cada dia útil são abatidos 6 milhões de frangos e em julho o mês foi ímpar, tivemos 23 dias de abatimento, mesmo assim, registramos esse recorde. Não será difícil atingir este percentual no próximo semestre do ano, uma vez que historicamente falando, é a melhor época para o setor de avicultura”, explica.

No entanto, a justificativa para a crescente demanda englobam dois fatores. Tanto o mercado externo – com uma busca incansável por melhores preços, como o mercado interno que também ganhou forças devido à crise política que diminuiu o poder de compra do consumidor, forçando uma migração para a proteína do frango que é de menor custo se comparado à bovina.

“Já há algum tempo, a carne de frango vem ganhando seu espaço. Hoje a líder de consumo mundial é a carne suína, porém o frango vem logo atrás, ocupando o segundo lugar. Em pouco tempo poderemos liderar o ranking de consumo, uma vez que a renda per capta do brasileiro, por exemplo, já atingiu 45 quilos com expectativa de aumento de 2 a 3 quilos para o mercado interno”, destaca o presidente.

Ainda segundo ele, na atual conjuntura, a carne de frango tem sido representativa também pelo rápido processo de criação ao abatimento, gerando uma quantidade superior e suficiente para o consumo tanto interno como externo. “Historicamente, a avicultura está se consolidando e uma vez que um território é atingido pelo Brasil, se manter nele é mais simples devido ao tripé da nossa nação. Aqui temos quantidade, qualidade e preço bom. Além disso, as condições geológicas do país, são favoráveis para o crescimento produtivo. Em alguns países já somos responsáveis por 90% da exportação do frango”, afirma.

Contrariamente a outros setores, a avicultura segue crescendo mesmo com a taxa de desemprego inerente à crise política e econômica dos últimos meses. No entanto, para os produtores o momento é de cautela, embora as expectativas sejam boas. “Diferente de outros setores, a avicultura merece investimento neste momento”, diz o presidente.

Gripe aviária

Nos EUA, o surto da doença fez com que a nação americana perdesse espaço nas exportações. Com isso, o Brasil cresceu significativamente pela boa qualidade da sanidade nas regiões produtoras da proteína e também pela ausência do mercado americano.

“A exportação do frango é uma maneira de embarcar a proteína agregada, onde o retorno financeiro é mais alto”, explica Martins.

Fonte: Notícias Agrícolas

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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