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Gordura animal ‘encanta’ empresários norte-americanos

 Gordura bovina que seria descartada em frigoríficos vai para usina de biocombustível e vira energia

A produção de combustível limpo a partir do aproveitamento de gordura animal, o sebo bovino, pode revolucionar a indústria de biocombustíveis nos Estados Unidos, informou o portal de notícias The Huffington Post. O noticiário online, um site agregador de blogs e colunistas norte-americanos (e que tem um espaço dedicado à economia latina) afirma que o sebo está encantando os investidores naquele país, pela eficiência da produção e a sustentabilidade do produto. Mas o portal não cita, em momento algum, o modelo brasileiro de produção.

Lá, a produção de biocombustível ocorre em uma fábrica da Dynamic Fuels localizada no estado de Louisiana. A Dynamic Fuels é resultado da joint-venture entre a Tyson Foods, produtora de carnes, e a Syntroleum, empresa de combustíveis sintéticos. De acordo com o The Huffington Post, o sucesso na produção (iniciada em outubro de 2010) do biocombustível empolgou tanto que os investidores já anunciaram a ampliação da fábrica, mas não citaram valores.

A fábrica em Louisiana produz 5 mil barris de biocombustível por ano a partir de resíduos de boi e óleos vegetais gerados nas linhas de produção da Tyson Foods. Este produto tem como destino companhias aéreas e ferroviárias. A Dynamic Fuels vende o biocombustível diretamente para os seus clientes, sem a intervenção do governo.

Um destes clientes é a empresa aérea holandesa KLM, que já instituiu que todos os voos realizados entre Amsterdã e Paris utilizassem o produto. O The Huffington Post afirma que no total, a KLM usa biocombustível de gordura de boi em 200 voos comerciais.

No Brasil, a gordura animal é a segunda maior fonte de matéria-prima para o biodiesel, atrás da soja. Estima-se que 16% da produção nacional de biodiesel seja proveniente da gordura gerada em frigoríficos.

Mas diferentemente do que ocorre nos Estados Unidos, a comercialização do biodiesel no Brasil tem que passar, obrigatoriamente, pelo governo, já que o produto não é utilizado diretamente pelo consumidor e sim, misturado ao diesel fóssil derivado de petróleo. (Até agora, 5% de biodiesel é adicionado ao diesel)

Através de leilões da Agência Nacional de Petróleo, as usinas de biodiesel vendem o produto ao governo, que revende às distribuidoras.

Em Lins, no interior de São Paulo, está uma das maiores usinas de biodiesel a partir de sebo bovino do país. A unidade, hoje de propriedade da JBS/Friboi, foi inaugurada em 2006 pelo Grupo Bertin, ao lado do frigorífico (hoje, também pertence à JBS).

Fonte: Globo Rural – por Viviane Taguchi
Ernesto de Souza

DETI

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