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Governo amplia medidas de apoio a agricultores atingidos pela estiagem

Governo amplia medidas de apoio a agricultores atingidos pela estiagem

O governador Beto Richa decretou na segunda-feira (16/01) situação de emergência em 137 municípios paranaenses e anunciou novas medidas para apoiar os agricultores atingidos pela seca, que desde novembro do ano passado compromete a produção agrícola e o abastecimento de água nas regiões Sudoeste, Noroeste, Centro-Sul e Oeste. As culturas mais atingidas foram milho, soja e feijão.

Com o objetivo de reduzir as perdas e recuperar as plantações, o governo estadual irá aplicar R$ 21,5 milhões em 2012 na instalação de 300 sistemas comunitários de fornecimento de água em várias regiões paranaenses. São R$ 10 milhões da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) e R$ 11,5 milhões do Programa Estadual de Águas e Saneamento Rural (Proesas).

Outra medida para o abastecimento de água é a implantação de 140 abastecedouros comunitários, com a perfuração de poços artesianos, instalação de bombas e de reservatórios elevados para 10 mil litros. As cisternas serão construídas em comunidades rurais com problemas históricos de escassez de água. A iniciativa vai atender especialmente produtores de frango, suíno, leite e hortaliças. Serão investidos R$ 10 milhões com recursos do Ministério de Integração Nacional.

“Esse pacote de ações mostra o compromisso do governo em oferecer um socorro imediato à população atingida. Procuramos ser ágeis, pois a cada dia os prejuízos são maiores”, disse o governador. Richa lembrou que na semana passada já havia autorizado a liberação de R$ 15,5 milhões para apoiar produtores do Sudoeste que também sofrem com a estiagem.

Segundo o último levantamento do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, a estimativa é que a estiagem comprometeu 11,5% a safra de verão do Paraná, que estava prevista para 22,13 milhões de toneladas, o que significa um prejuízo financeiro de R$ 1,52 bilhão. “Não vamos deixar o produtor desamparado. Estamos buscando recursos federais para complementar nossas ações”, concluiu Richa.
Prioridade
O secretário de Agricultura, Norberto Ortigara, explicou que as ações serão destinadas prioritariamente para regiões mais atingidas e agricultores que não tem direito a receber seguro ou crédito. “Já no começo da seca o governo estava atento e tomando as medidas necessárias para reduzir o impacto. Nossa prioridade é a construção de poços para captação de água, pois esse é um método mais durável e que dará suporte para as futuras estiagens”, disse o secretário.

Ortigara afirma que essa água poderá ser utilizada tanto para consumo humano quanto animal e classificou a seca como uma das maiores da história do Paraná. “São medidas para apoiar os pequenos produtores. O Paraná precisa se fortalecer para combater esses problemas”, disse Norberto Ortigara, citando que a estiagem comprometeu 14% da produção de milho, 10% da soja e 19% da safra de feijão.

Emergência
O governador disse ainda que a assinatura do decreto de emergência para 137 municípios abrirá novas linhas de financiamentos, créditos e recursos para serem aplicados nas cidades. “Queremos agregar mais incentivos aos produtores. Com o estado de emergência será possível acessar recursos federais da defesa civil para transporte de água (carros pipa) e alimentação”, explicou Beto Richa.

O presidente da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop) e prefeito de Corbélia, Eliezer José Fontana, classificou a situação como emergencial e estimou perdas na área agrícola que variam de 20% a 70%, de acordo com a região. Ele agradeceu o apoio do governo estadual e disse que a construção das cisternas irá melhorar o fornecimento de água para os próximos anos. “Temos uma das piores situações da região Sul do Brasil. A ajuda do Estado vai oferecer um suporte aos nossos agricultores”, disse ele.

Outras medidas
Na semana passada, em reunião com prefeitos do Sudoeste, o governador Beto Richa disponibilizou ajuda aos agricultores. Para a compra de insumos agrícolas (sementes e fertilizantes) serão liberados R$ 6 milhões. O apoio financeiro chega a R$ 9,5 milhões, sendo R$ 8 milhões para subvenção ao prêmio do seguro da segunda safra de milho e café, e R$ 1,5 milhão para reforçar o programa Fundo de Aval. A prioridade do governo é atender os produtores da agricultura familiar.

Foi anunciado que o governo também vai agilizar as vistorias em plantações para que os produtores possam solicitar ressarcimento de perdas pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o pagamento do Seguro da Agricultura Familiar (Seaf). A medida também assegurar o aproveitamento das lavouras para silagem e preparação da terra para novos cultivos, como as segundas safras de milho e feijão.

Fonte: Seab

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