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ILPF aumenta produção e renda

ILPF aumenta produção e renda

O sistema além de sustentável, devido o cultivo de florestas, também apresenta viabilidade econômica.

Foto 026Com o sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) o produtor rural brasileiro, que antes cultivava apenas nos primeiros meses do ano, passou a produzir o ano inteiro. A mudança de perfil do agricultor e nas ações dentro da propriedade rural foram destacadas pelo presidente da John Deere Brasil, Paulo Renato Herrmann, que ministrou palestra no II Fórum de Agronegócios promovido pela Amcham Campo Grande, nesta sexta-feira (30). “O sistema permite que o produtor cultive a soja nos primeiros meses do ano, o milho e a braquiária simultaneamente entre maio e agosto e insira o gado no pasto nos meses subsequentes,” ressaltou o presidente considerando o aumento na produção, empregabilidade e renda.

Para Herrmann, o sistema além de sustentável, devido o cultivo de florestas, também apresenta viabilidade econômica. “Com o sistema de integração, o produtor consegue pasto de alta qualidade e de baixo custo, investindo apenas com sementes, uma vez que a soja plantada anteriormente prepara o solo, e a sombra do milho protege a gramínea consumida pelo rebanho após a colheita”, enfatizou.

Em contraposição ao desenvolvimento da porteira para dentro, durante o Fórum de Agronegócios o diretor de relações institucionais da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul), Rogério Beretta, deu ênfase no desempenho do agronegócio, que é barrado por problemas logísticos. “Além da logística nas rodovias e portos, enfrentamos problemas com o embaraço aduaneiro e com a ineficiência administrativa nos aeroportos, fatores que atrapalham a evolução do setor”, afirmou.

Entre as soluções para o entrave logístico destacadas durante o evento, o sócio executivo do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), Marcos Valentini, considerou o escoamento das commodities pelo Oceano Pacífico como alternativa para o setor. “Exportar a produção brasileira pelo Pacífico pode se tornar uma alternativa viável em cinco anos. São necessárias ações de parcerias internacionais em prol do desenvolvimento de estradas e hidrovias que resolvam a logística”, destacou Valentini.

A construção de portos secos foi citada pelo gestor de distribuição e logística da empresa de software Totvs, Luís Bogiano, como estratégia para a melhoria no desempenho logístico. “Minimizaria o custo e agilizaria o sistema de escoamento de produção”, referindo-se ao porto seco, terminal terrestre diretamente ligado por estrada, ferrovias ou via aérea, com um depósito alfandegário, citado por Bogiano como opção para descongestionar os portos marítimos.

Capacitação

A escassez de mão-de-obra também foi abordada durante o Fórum como gargalo do agronegócio. O presidente da John Deere Brasil, Paulo Herrmann, afirmou que a tecnologia facilitou o trabalho dos profissionais do agronegócio, mas exige qualificação. “A máquina elimina quase totalmente o desperdício de grãos na colheita, quase sem interferência humana”.

Para Beretta, também superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/MS), atender este avanço tecnológico necessita de qualificação. “No ano passado, o Senar/MS capacitou 35 mil pessoas, número que comprova o avanço na educação rural. E apesar dos números ainda avaliamos a necessidade de expansão nesta área”, finalizou.

Fonte: Rural Centro – 03/06/2014

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