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La Niña pode ser problema para a próxima safra de verão no Sul do Brasil

Fenômeno climático poderá voltar a se intensificar a partir de agosto e setembro

O climatologista Luiz Carlos Molion, que anteriormente previu o atraso das chuvas no Matopiba e o veranico ocorrido durante o mês de janeiro, destaca agora a a situação de excesso de chuvas no Mato Grosso, o que vem atrasando o andamento da colheita no estado.

De acordo com Molion, as chuvas são resultado de uma massa de ar frio proveniente do inverno rigoroso no norte dos Estados Unidos e no Canadá que, quando carregada para o norte da África, perturba os ventos do leste que, por sua vez, vêm para a costa do Brasil. Além disso, há também uma massa de ar frio entrando pela Colômbia e pela Venezuela. Esses fatores, somados, justificam o excesso de chuva na parte norte do Brasil.

A tendência, daqui para a frente, é que chova menos na região do Mato Grosso. Ele lembra que esse período é tradicionalmente chuvoso no estado e que é possível que a situação persista, mesmo que de forma irregular, enquanto persistir o inverno americano rigoroso.

As atenções, no entanto, devem se voltar para a safra de verão. Molion prevê que o La Niña poderá voltar a se intensificar a partir de agosto e setembro, em função de uma aceleração dos ventos que deve trazer correntes frias para a superfície do Oceano Pacífico . A previsão também é feita com base na similaridade em relação a mapas de 1999, considerando os padrões de anomalia de precipitações.

Se isso ocorrer, um excesso de chuva poderá se apresentar nas regiões do Nordeste e em parte do Centro-Oeste, nos estados de Goiás e do Tocantins. Para o Sul e o Sudeste, a situação deve ser de seca, típica do La Niña – logo, essas regiões podem ter atraso em suas estações chuvosas, o que poderia trazer alguns prejuízos e preocupações para a agricultura nessas áreas.

Para o milho safrinha, o clima não deverá apresentar problemas. O tempo mais seco a partir de maio nas principais regiões produtoras auxilia para que as máquinas possam entrar e colher “sem problemas”, como destaca Molion. Segundo ele, uma situação mais difícil viria com o excesso de chuvas, já que as áreas terão um bom acúmulo de umidade no solo.

Fonte: Notícias Agrícolas

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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