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Mercado aguarda USDA e soja fecha próxima da estabilidade na CBOT

A soja fechou a sessão regular de terça-feira (10) próxima da estabilidade, com o mercado tentanto definir uma direção e um posicionamento antes da divulgação do relatório de oferta e demanda que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulga nesta quinta-feira (12). Paralelamente, as incertezas climáticas no Meio-Oeste americano também trouxeram volatilidade aos negócios.

"Estamos vivendo um momento de muita expectativa e sensibilidade do mercado a fatores climáticos e às dúvidas sobre quebra na safra americana é o que faz o mercado ser jogado de um lado para o outro", explica o economista Camillo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais.

Frente a isso, a sessão desta terça foi marcada por uma "tensão pré-relatório", o que fez com que, ao final dos negócios, as principais posições da soja terminassem o dia com perdas de menos de 1 ponto, após um pregão de bastante volatilidade.

Assim, o mercado espera com muita ansiedade por esses números que serão divulgados pelo departamento norte-americano. As expectativas são de que os números de produção e produtividade, bem como os de estoques finais de soja, venham menores do que os reportados no boletim de agosto, uma vez que a falta de chuvas no Corn Belt, a qual já se estende por mais de um mês, vem castigando duramente as lavouras e reduzindo seus rendimentos.

Ao mesmo tempo, a proximidade da colheita também exerce uma pressão sazonal sobre as cotações à medida que crescem as expectativas sobre a entrada de um novo produto no mercado. "Há alguns ajustes de posições à espera desse relatório do USDA, mas principalmente o mercado sente a pressão sazonal da colheita, com a chegada de novo produto", diz Steve Cachia, analista da Cerealpar.

Mercado Brasileiro
No mercado interno, os preços sentem o recuo das cotações em Chicago, porém, o impacto não é tão severo. A disponibilidade de produto já não é tão grande e a demanda segue aquecida, o que oferece alguma sustentação aos valores.

"O produtor tem se retraído bastante e algumas multinacionais, exportadores e até importadores e indústria que precisam de um abastecimento no curto prazo estão mantendo os preços relativamente altos", afirma Motter. "Ainda há muita dúvida climática no Meio-Oeste americano, as perdas já são concretas, esses dados do USDA serão muito importantes para o redirecionamento para os preços, mas acho que ainda teremos bons momentos pela frente em razão da quebra da safra norte-americana, com chuvas muito esparsas nos últimos dias, principalmente em Iowa, Illinois e Minnesota", completa.

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