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Mercado de máquinas agrícolas registra um novo recorde em 2012

As vendas internas de máquinas agrícolas no atacado das empresas ligadas à Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) fecharam 2012 com um recorde histórico.

A comercialização de tratores e colheitadeiras cresceu 6,2% no ano passado ante 2011, totalizando 69,374 mil unidades, pouco acima da previsão da entidade, de expansão de 5%.

No fim de 2012, quando os números do fechamento do ano não estavam consolidados, a Anfavea previa que a comercialização interna ficaria próxima de 69 mil unidades, mas não ultrapassaria muito as 68,5 mil unidades registradas em 2010, até então considerado o melhor resultado para o setor.

Apenas em 1976 houve uma venda maior que a registrada em 2012- cerca de 80 mil unidades. Mas desse total mais de 60 mil se referiam a tratores de baixa potência financiados pelo governo federal para a abertura de novas fronteiras agrícolas no país, principalmente nas regiões Norte e Centro-Oeste. Por isso, a Anfavea considera que o volume vendido em 2012 é recorde, observa Milton Rego, vice-presidente da Anfavea e o diretor da área na entidade.

O mês passado, observa Rego, foi muito positivo, com as concessionárias colocando todos os pedidos possíveis para vender os produtos com a taxa de juros de 2,5% do Programa de Sustentação do Investimento (PSI, do BNDES). A partir deste mês, a taxa passou para 3%.

O setor reagiu a partir do penúltimo trimestre do ano, após a redução dos juros do PSI. No primeiro semestre, as vendas foram prejudicadas por uma forte seca, que reduziu a safra de grãos na Região Sul do país. Aliado a isso, houve menor demanda por tratores pelo programa governamental Mais Alimentos.

A comercialização em dezembro de 2012 superou em 41,8% o desempenho do mesmo mês de 2011, embora tenha recuado 2,3% em relação a novembro, para 5,728 mil unidades.

Para 2013, a Anfavea prevê crescimento de 4% a 5%, o que significaria um novo recorde. "O produtor está capitalizado, a expectativa é de crescimento da renda, da produção agrícola, a não ser que tenha alguma tempestade no meio do caminho", disse Rego. A previsão pode ser superada caso ocorra a difusão dos programas governamentais voltados à agricultura familiar.

Já as exportações encerraram 2012 no vermelho, como era esperado diante das restrições da Argentina à entrada do produto brasileiro, o principal mercado para as máquinas agrícolas brasileiras. Durante alguns meses, os embarques até esboçaram recuperação com o fechamento de contratos para outros mercados, mas não foram suficientes para manter o setor pelo menos na estabilidade. Assim, recuaram 7,8%, para 16,896 mil unidades no ano.

Somente em dezembro, as vendas externas caíram 15,5% sobre novembro. A receita com as exportações totalizou US$ 2,914 bilhões, resultado 10,6% menor ante os US$ 3,258 bilhões apurados em 2011. Já a produção nacional subiu 2,6% ante 2011, para 83,64 mil máquinas.

Valor Econômico

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