Sistema FAEP

Mercado lácteo

Paranaenses, catarinenses e gaúchos defendem a produção nacional. E vão à luta

Num encontro inédito, produtores, trabalhadores rurais e indústria do leite do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, elaboraram terça feira (14), um documento que será enviado ao governo federal, às bancadas da Câmara e do Senado e a toda classe política nos âmbitos estaduais e municipais. Nele se faz a defesa veemente da produção nacional e dos produtores de leite. “Temos que ter em mente que o Brasil não é uma ilha isolada em um oásis globalizado. Se nós não nos estruturarmos vamos perder mercado. O produtor precisa se unir para valorizar sua produção e garantir geração de emprego e renda na área rural” afirmou o presidente do Sistema FAEP, Águide Meneguette na abertura da  reunião.
Durante o encontro do setor lácteo foi destacado pelas lideranças a questão dos pequenos produtores de leite. “Embora tenhamos muitos produtores considerados de grande porte com uma excelente infraestrutura, são os pequenos produtores que aquecem a economia dos municípios. Por isso devemos fortalecer nosso setor produtivo, que é responsável pela geração de 1,2 milhão de empregos diretos e indiretos só na região sul”, afirmou o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini.
“Não podemos permitir que o setor lácteo brasileiro vire moeda de troca para negociações comerciais do governo brasileiro com outros países. Este encontro é um marco para o setor que reúne 310 mil produtores nos três estados e precisa estar cada vez mais organizado e mobilizado em torno da causa do produtor rural”, argumentou Ronei Volpi, superintendente do SENAR-PR e presidente do Conseleite-PR* e da Comissão de Bovinocultura de leite da FAEP.

Para o presidente do Sindileite-PR,  WilsonThiesen, “a união de produtores e indústrias dos três estados da região sul, que possuem características semelhantes e são responsáveis por 30% da produção nacional, fortalece o setor. Temos que pensar no custo social que está embutido na produção dos pequenos produtores, na geração de renda e empregos”, afirmou. Da mesma forma, o presidente do Conseleite-SC, Nelton R. de Souza lembrou que “o consumo nacional per capita aumentou nosúltimos cinco anos para 151 litros/ano e nós podemos alcançar o ínidece recomendado pela OMS de 200 litros/ano”.
Após um amplo debate ficou acertado que o dever de casa para as instituições participantes do fórum de discussão será a consulta oficial sobre quem importa leite em pó do Mercosul – se a indústria ou supermercados. “O setor lácteo brasileiro tem todas as condições de ser a próxima frente do agronegócio brasileiro. Este encontro foi fundamental para dar o pontapé inicial para que o setor defenda, ainda mais, o mercado nacional e dê continuidade ao fortalecimento desta cadeia produtiva”, finalizou Elton Weber, presidente do Conseleite do Rio Grande do Sul e presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag).

A íntegra do documento

*Após a reunião dos três estados da região sul foi realizada a reunião ordinária do Conseleite-PR, que elegeu como presidente para o período de 12 meses, conforme estatuto, o superintendente do SENAR-PR Ronei Volpi.

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