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Monsanto afirma que revê valor de royalty

O presidente da Monsanto no Brasil, Rodrigo Santos, declarou ontem que a companhia está revendo o valor dos royalties que pretende cobrar sobre o uso da segunda geração de transgênicos de soja no Brasil. A declaração foi dada ontem durante o seminário "Caminhos da Soja", promovido pelo Valor em parceria com a multinacional.

A nova tecnologia, que recebeu o nome comercial de Intacta RR2 PRO, começa a ser comercializada na safra 2013/14, com pelo menos um ano de atraso em relação à meta inicial, devido à demora da China em aprovar o produto. A liberação foi anunciada na segunda-feira.

Em 2012, a Monsanto manifestou a intenção de cobrar o equivalente a R$ 115 por hectare pelo uso da semente, que torna as plantas resistentes ao herbicida glifosato e ao ataque de algumas lagartas. Segundo Santos, o valor refletia as condições do mercado à época e, por isso, está sendo revisto. A nova quantia deve ser anunciada até a semana que vem.

O executivo disse ainda que a Monsanto e as sete sementeiras hoje autorizadas a reproduzir a tecnologia dispõem de aproximadamente de 3 milhões de sacas da variedade a nova safra, que começa a ser plantada. O volume deve ser suficiente para cobrir uma área de 2,5 milhões de hectares (pouco menos de 10% da área total cultivada em 2012/13).

A adoção da segunda geração de transgênicos pode gerar um ganho médio de produtividade de aproximadamente 5,84 sacas de 60 quilos por hectare, de acordo com estudo de campo apresentado durante o evento pela consultoria MB Agro (braço de agronegócios da MB Associados) e patrocinado pela Monsanto.

De acordo com a MB Agro, o acréscimo de produtividade levaria a um aumento derenda ao produtor de R$ 292 por hectare, mantidos os atuais níveis de preço. Ainda segundo a consultoria, a adoção da nova tecnologia em pelo menos metade da área plantada aumentaria em 4,8 milhões de toneladas a produção potencial do país e em R$ 4,2 bilhões o valor bruto da produção, mantidos os patamares atuais de área e preço.

Ainda durante o seminário, o secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Miguel Masella, declarou que, no que depender da infraestrutura rodoviária, o Brasil poderá começar a exportar grãos por meio de corredor BR-163-Tapajós já em 2014. Segundo ele, até o fim deste ano, 90% da rodovia estará pavimentada no trecho até o distrito de Miritituba, no Pará, um entreposto para o escoamento da produção por meio de barcaças para os portos da Região Norte.

"Com 90% asfaltado, já podemos exportar na próxima safra", disse Masella. O novo corredor é visto como a principal esperança para aliviar os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), por onde sai a maior parte da produção.

Já o diretor do departamento econômico do Itamaraty, Paulo Estivallet, afirmou, no seminário, que a Rússia pode se tornar um mercado "interessante" para a exportadores de grãos do Brasil. Segundo ele, a busca dos russos pela autossuficiência na produção de carnes pode abrir espaço para as importações de grãos.

"Há potencial para que a Rússia se torne um mercado interessante, mas ainda está em fase de elaboração do processo regulatório para aprovação de transgênicos", disse Estivallet.

Valor Econômico

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