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Norte Pioneiro vai investir produção de frutas e legumes

O Norte Pioneiro tem aptidão de clima e solo para aumentar a produção de frutas, legumes e hortaliças com a aplicação de mais e novas tecnologia. Essa pode ser uma grande oportunidade para os municípios da região que estão procurando alternativas rentáveis de produção agropecuária, depois de períodos áureos com a produção de café, cana-de-açúcar e lavoura de grãos.

A avaliação foi do secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, durante palestra sobre Políticas Públicas e Desenvolvimento Sustentável, proferida essa semana em Cornélio Procópio, durante a Expocop 2013 – Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial da Região de Cornélio Procópio.

Participaram cerca de 16 prefeitos e representantes dos 23 municípios que compõem a região. De acordo com o secretário, o Norte Pioneiro tem localização estratégica privilegiada, mantendo a mesma distância da Ceagesp, principal mercado atacadista de São Paulo, e da Ceasa de Curitiba, além de estar próximo também à Ceasa de Londrina. "A região tem vocação para abastecer o mercado nacional de frutas, legumes e frutas", afirmou.

Para isso, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e suas empresas vinculadas, como Emater, Ceasa e Iapar, contam com a adesão das prefeituras e entidades da iniciativa privada para lançar políticas públicas de incentivo ao produtor rural para diversificar as propriedades, com a inclusão do cultivo de hortaliças e frutas.

"Precisamos estar em sintonia com as prefeituras para alavancar processos que deem mais eficiência ao produtor e elevem sua renda e, conseqüentemente, melhorem sua qualidade de vida", afirmou. Ortigara disse que o trabalho que os produtores já fazem na região é bom, mas é possível crescer muito. "Com aumento de tecnologia a produção pode se ampliar ainda mais", disse.

O chefe regional da Emater em Cornélio Procópio, Paulo César Hidalgo, explica que além da produção de grãos, são sete as cadeias produtivas em exploração na região como a citricultura, a banana em Andirá, a olericultura em Bandeirantes, seringueira, cafeicultura e piscicultura.

Ortigara lembrou que os agricultores não podem mais produzir de qualquer forma. "Hoje eles têm que produzir de forma harmoniosa e ecológica, sem depredar o patrimônio que deve ser conservado para as gerações futuras", afirmou. O secretário disse que o agricultor precisa produzir, mas é necessário escolher a produção que lhe permita cuidar das nascentes de água e evitar a erosão dos solos.

"Temos que pensar que nossa atividade também tem que se preocupar com o meio ambiente e com justiça social, aproveitando o potencial da região e das pessoas". Ortigara se referiu à inclusão das pessoas num trabalho digno, nas lavouras, que permita a conquista da dignidade e, ao mesmo tempo, não desgastar o solo continuamente.

Ortigara ressaltou que também na produção de frutas, legumes e verduras, o uso de agrotóxicos deve ser feito com parcimônia e o produtor deve adotar o pacote tecnológico recomendado, que inclui manejo integrado de pragas, de doenças e de cuidados com os solos, com a reposição de matéria orgânica. São tecnologias que ajudam a aumentar a capacidade de reter água nos solos, que todos conhecem, mas que foram deixadas de lado ao longo dos últimos anos.

BANDEIRANTES

Para o prefeito de Bandeirantes, Celso Silva, a produção de verduras, hortaliças e frutas é a grande saída para a região, que está à procura de alternativas mais rentáveis de produção. Seu município já conta com cerca de mil estufas com produção de olerícolas e está sendo preparado para atrair grandes compradores.

Em visita ao município de Bandeirantes, o secretário Norberto Ortigara e o presidente da Ceasa, Luiz Gusi, assinaram um convênio no valor de R$ 80 mil para a elaboração de um estudo técnico para o planejamento de um Centro de Distribuição e Comercialização (CDC) de olerícolas no município.

Neste centro, os produtos serão acolhidos, pré-preparados, pré-embalados e colocados em condições de serem rastreados e enviados para os compradores nos grandes centros atacadistas. "Com esse centro, teremos mais escala de produção e estabilidade na oferta para atender às exigências dos compradores", disse o prefeito Celso Silva. Para ele, a instalação desse CDC será o divisor de águas na produção agrícola de Bandeirantes e vai ajudar muito o produtor.

Em Bandeirantes, os produtores já encaminham a produção para a Ceagesp, em São Paulo. Entretanto, em função da falta de apoio de uma estrutura de distribuição e de comercialização eles perdem em torno de 30% do faturamento bruto na venda da produção. O produtor Fabio Ferreira Silva ilustra bem essa situação. Num carregamento de caminhão com 400 caixas de olerícolas que despacha para a Ceagesp (SP), ele paga o equivalente a 120 caixas para o comprador a titulo de cobrir despesas com caixaria e descarga na central atacadista. "O comprador me desconta R$ 10,00 em cada caixa com olerícolas para cobrir essas despesas", disse.

Segundo o presidente da Ceasa, Luiz Gusi, com a Central de Distribuição e Comercialização, o produtor irá comprar sua caixa (mais barata), colocará sua identificação e o produto já sairá pré-embalado direto para o comprador, reduzindo esses custos.

O secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Luiz Claudio Romaneli, e o presidente da Emater, Rubens Ernesto Niederheitmann, também participaram do encontro com os prefeitos.

Folha de Londrina

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