Em uma escola no município de Balsa Nova, na Região Metropolitana de Curitiba, o comportamento retraído de um dos alunos chamou a atenção da professora. Conversando com o menino, a professora descobriu a razão de sua frustração: estava chateado porque os móveis novos para seu quarto foram arranhados. O sonho havia sido frustrado pela montagem, que danificou a mobília, e agora não havia como consertá-la.
A professora, então, questionou se os pais do aluno conheciam o Departamento Estadual de Proteção e Defesa ao Consumidor (Procon), criado justamente para defender os direitos do consumidor. A resposta veio no dia seguinte: os pais conheciam a instituição, mas o serviço só estava disponível no escritório central do órgão, localizado na capital. Em Balsa Nova não havia a quem recorrer.
Essa realidade levou a professora definir os direitos do consumidor como tema de seu projeto com o Programa Agrinho. Ela envolveu os alunos e conseguiu o apoio da comunidade escolar, de veículos de comunicação e autoridades locais. “A professora não conseguiu que o governo abrisse um escritório do Procon em Balsa Nova, mas a mobilização resultou na criação de um escritório na cidade vizinha de Campo Largo”, relata Josimeire Aparecida Grein, pedagoga e técnica do SENAR-PR. A distância para reclamar os direitos do consumidor diminuiu de 60 quilômetros (de Balsa Nova a Curitiba) para pouco mais de 20 quilômetros (Balsa Nova a Campo Largo).
Josimeire conhece bem o caso porque ele foi desenvolvido no âmbito do Programa Agrinho, o maior programa de responsabilidade socioambiental do sistema FAEP/SENAR-PR. Trata-se de um exemplo bem concreto de como é possível transformar a realidade de uma comunidade a partir de ações educacionais e de um currículo voltado para o dia a dia.
Clique no link abaixo e leia a matéria completa no novo Boletim Informativo da FAEP
Comentar